A Record está se aprimorando cada vez mais na
produção de suas minisséries bíblicas. É um nicho que tem a cara da emissora e
que já deu provas de boa repercussão. “José do Egito”, que
estreou nesta quarta-feira (30/01) – roteiro de Vivian de Oliveira, direção
geral de Alexandre Avancini -, representa um grande avanço quando comparada às
minisséries anteriores.
O elenco é bom. A fotografia é de cinema, com
belíssimas tomadas – a minissérie contou com gravações no deserto do Atacama, no
Chile, em Israel e no próprio Egito. Comparada com “Rei Davi”
(a produção do ano passado), é visível a melhora na direção de atores e nas
caracterizações (maquiagem e perucas principalmente). Tudo está mais natural,
tanto no que vimos quanto no que ouvimos dos atores.
A Record optou em apresentar “José do
Egito” apenas uma vez por semana – às quartas-feiras, dia de futebol na
Globo, em que, costumeiramente, as chances de um melhor desempenho no Ibope são
mais altas. Talvez essa seja uma boa estratégia se considerarmos que a emissora
tem um mau hábito de optar por uma grade flutuante, que depende das atrações
que, supostamente, dão mais audiência, como os realities.
Essa estreia marcou 12 pontos no Ibope da Grande
São Paulo, garantindo o segundo lugar. Destaca-se também a intenção de apenas
contar uma história, em detrimento ao ranço da doutrinação religiosa que
geralmente acomete esse tipo de produção. Tomara que continue neste patamar.