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15 de agosto de 2014

Três motivos explicam por que Marina será candidata do PSB

Três motivos, segundo integrantes da direção nacional do PSB ouvidos por 247, explicam por que, mesmo sob a desconfiança do partido, a ex-ministra Marina Silva será mesmo indicada para substituir Eduardo Campos como candidata a presidente pela legenda:

1) O próprio Campos escolheu Marina para secundá-lo. Rechaçar Marina, na atual circunstância, seria um ofensa não apenas a ela, como também à liderança e à memória dele;

2) Falta de alternativa dentro do próprio partido. O comando do PSB se ressente da ida dos irmãos Cid Gomes, governador do Ceará, e Ciro Gomes, ex-ministro, para o PROS. Caso eles ainda tivessem dentro da legenda socialista, a margem de manobra para uma troca existiria. Com ambos fora, não há nome de filiado que seja capaz de convencer o eleitorado sobre a ultrapassagem à ex-senadora;

3) Uma eventual desistência da eleição passaria para o eleitorado a mensagem de que o PSB teria se "vendido", na expressão de um dirigente, ao PT. O partido adversário seria o mais beneficiado pelo fato de Marina, forte em todas as pesquisas eleitorais, não concorrer.

Diante desses três pontos, mesmo sob luto, a cúpula do PSB já sabe que não possui espaço para fazer algo diferente do que se mostra como a solução mais natural.