A vacina experimental contra o vírus ebola desenvolvida pela empresa
britânica GSK só será comercializada em 2016 e "não deve ser considerada
uma resposta urgente à epidemia em curso", declarou o responsável pelo
programa. GSK (GlaxoSmithKline) é uma das empresas farmacêuticas
que tenta desenvolver de forma urgente uma vacina contra a febre
hemorrágica que já fez mais de 4.500 vítimas, principalmente no oeste
africano.
A vacina cAd3-ZEBOV, que utiliza como vetor um
adenovírus de chimpanzé no qual foi inserido um gene do vírus ebola, faz
parte das duas vacinas "promissoras" identificadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS). Os primeiros testes em seres humanos se
iniciaram na África, Estados Unidos e Reino Unido, e a GSK deve produzir
10 mil doses que estarão disponíveis para testes no início de 2015.
A GSK evocou um desenvolvimento acelerado da
vacina já em março em conjunto com a OMS, de acordo com Ballou. Mas as
duas partes decidiram juntas que a melhor abordagem seria "acompanhar de
perto" a evolução da epidemia. "Ninguém previu que precisaríamos
de uma vacina. Deveríamos ter puxado o gatilho mais cedo. Mas não se
trata de apontar o dedo para ninguém".