O ex-ditador cubano Fidel Castro,
88 anos, fez na segunda-feira sua primeira aparição em público em mais
de um ano e estava "cheio de vitalidade", de acordo com informações da
imprensa oficial publicadas neste sábado.
Na ocasião, ele se encontrou com uma delegação venezuelana. Foi sua primeira aparição fora de sua casa desde que, em dezembro, Cuba concordou em normalizar suas relações com os Estados Unidos, tradicional adversário de Fidel.
Na ocasião, ele se encontrou com uma delegação venezuelana. Foi sua primeira aparição fora de sua casa desde que, em dezembro, Cuba concordou em normalizar suas relações com os Estados Unidos, tradicional adversário de Fidel.
A imprensa
oficial mostrou imagens de Fidel sentado e cumprimentando os
venezuelanos pela janela de seu carro, usando um boné de beisebol e um
blusão. Não houve
explicações sobre o porquê de as imagens terem sido divulgadas apenas
cinco dias após o acontecimento. Ele se encontrou com 33 venezuelanos,
que estavam em missão de solidariedade em Cuba, por cerca de 90 minutos.
Desde a queda da União Soviética, a Venezuela se tornou maior aliada da
ilha comunista.
Fidel
"transmitiu vários detalhes da vida na Venezuela, especialmente agora
que essa grande nação se tornou o alvo da ganância imperialista",
informou o relato, em aparente referência às sanções americanas contra a
Venezuela após o país sul-americano ter sido considerado uma ameaça à
segurança nacional dos EUA. "Fidel está cheio de vitalidade", completou o
relato.
A última aparição pública de Fidel tinha sido em 8 de janeiro de 2014, na abertura do centro cultural de Havana, patrocinado por um de seus artistas cubanos favoritos, Alexis Levya, conhecido como Kcho. Em dezembro de 2014, o presidente dos EUA, Barack Obama, e o ditador cubano, Raul Castro, irmão caçula de Fidel, anunciaram que restabeleceriam laços diplomáticos, inaugurando uma nova era nas outrora turbulentas relações desde que os irmãos Castro chegaram ao poder, em 1959.
Fidel Castro
renunciou provisoriamente devido à sua doença em 2006, e definitivamente
em 2008, entregando o poder para Raul, 83 anos. Fidel ocasionalmente
escreve uma coluna para jornal, recebe dignitários em sua casa, mas
raramente aparece em público. Seu atual papel na política é incerto.
Muitos cubanos presumem que Raul consulta o seu irmão para importantes
decisões, e o longo silêncio de Fidel sobre a decisão de dezembro
levantou dúvidas sobre sua saúde e sua concordância com a reaproximação
com os norte-americanos.