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28 de abril de 2015

Governo quer concurso para área de segurança ainda neste ano, diz secretária

Ao iniciar a gestão na Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Sesed), a delegada Kalina Leite tinha como um dos principais objetivos a devolução às ruas de policiais militares cedidos a órgãos públicos. No entanto, em quatro meses, a secretária admite que o número de PMs que retornaram das cessões ainda é insignificante. Com o déficit nos quadros, Kalina Leite afirma que o Governo busca a viabilização de concurso público para a área de segurança ainda em 2015.

Em entrevista à 96 FM, na manhã de hoje (28), Kalina Leite disse que aproximadamente 10% dos policiais militares do quadro funcional do Rio Grande do Norte estavam cedidos a outros órgãos, o que corresponde a aproximadamente 800 homens. Até o momento, o quadro teve pouca alteração e Kalina Leite admite a dificuldade em ter de volta às ruas os policiais cedidos.

"Ainda estou insatisfeita com relação à devolução de policiais. A Assembleia devolveu alguns, mas ainda há policiais lá e em outros órgãos, como no Tribunal de Justiça. Não queríamos que nenhum estivesse cedido, mas sabemos que isso é impossível. O que estamos buscando é que os órgãos, pelo menos, paguem os salários dos PMs que estão à disposição", explicou Kalina Leite, que cogita, inclusive, a devolução de parte dos policiais que estão atuando no Ciosp. 

"Em alguns estados, os telefonistas do Ciosp não são policiais e vamos analisar a possibilidade de fazer o mesmo no Rio Grande do Norte. Sabemos do déficit nos quadros da corporação e temos que buscar alternativas para reforçar os quadros da PM", disse.

Segundo a secretária, a Polícia Militar deveria ter, pelo menos, reforço em 30% do efetivo para fazer a segurança do estado. Além disso, Kalina Leite também admite a falta de pessoal no Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Itep. Mesmo no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, a secretária afirma que o Governo do Estado vai buscar alternativas para a contratação de pessoal para os órgãos.

"Sabemos que na área de segurança e outras áreas essenciais há exceções que podem viabilizar a contratação de pessoal. Temos conversado com o TCE (Tribunal de Contas do Estado) para fazermos concurso para recompor as vagas abertas por pessoas que se aposentaram ou faleceram. O processo de concurso é demorado, há várias fases, mas queremos realizar ainda neste ano", disse a secretária.

Tribuna do Norte