O relator da Comissão Especial da
Reforma Política, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), reviu sua posição
nesta sexta-feira (15) e decidiu que o mandato de senador proposto em
seu texto será de cinco anos, e não mais de dez anos, como ele havia
anunciado ontem.
Com a
mudança, Castro retoma a redação original do parecer, apresentado na
terça-feira (12). O texto determina que todos os mandatos eletivos, de
vereador a presidente da República, terão duração de cinco anos a partir
de 2022. O relatório do deputado será votado na próxima terça -feira(19).
Reação
O
retorno ao texto original, segundo Castro, foi motivado pela reação da
população e da imprensa, contrários à ampliação do mandato de senador,
que hoje é de oito anos. De acordo com ele, a decisão de dobrar de cinco
para dez anos havia sido tomada após conversas com outros
parlamentares, que recearam que a redução de mandato proposta
originalmente pelo relator complicasse a aprovação da reforma política
no Senado.
“Eu me
arrependi amargamente dessa decisão, que havia sido tomada em nome de um
ganho futuro com a tramitação mais fácil da reforma política”, explicou
Castro. Ele enfatizou
que o mandato geral de cinco anos teve amplo apoio nas reuniões
internas que a comissão especial da reforma política fez antes da
apresentação do seu relatório. “Não há por que o mandato de senador ter
uma duração especial”, completou.