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25 de junho de 2015

Habeas corpus preventivo pede que Lula não seja preso na Lava-Jato

Um habeas corpus preventivo pede que Luiz Inácio Lula da Silva não seja preso na Operação Lava-Jato, que investiga desvios na Petrobras. O pedido foi protocolado, eletronicamente, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), às 16h20min de quarta-feira.

A solicitação foi feita por Mauricio Ramos Thomaz, morador do Estado de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa do TRF4, o cidadão já protocolou outros pedidos semelhantes para outras personalidades. A decisão do habeas corpus preventivo caberá ao desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do processo, que ainda não se manifestou.

O Instituto Lula, por meio da assessoria de imprensa, reforçou que o pedido não foi ingressado pela entidade ou por qualquer representante do ex-presidente e que "o instituto e Lula não são objeto de investigação na operação". O habeas corpus preventivo se refere a um possível pedido de prisão preventiva nas investigações comandadas pela Polícia Federal (PF) do Paraná, caso o juiz responsável pelo caso, Sérgio Moro, decida pela detenção.

A prisão dos presidentes da Andrade Gutierrez e da Odebrecht, na última sexta-feira, indicou que Lula pode ser o próximo alvo das investigações. A fase da Lava-Jato na qual os executivos foram detidos foi batizada de Erga Omnes (expressão latina que significa "contra todos" ou que "a todos atinge") e foi precedida do vazamento de informações sobre patrocínios ao Instituto Lula e de pagamentos milionários da Odebrecht por palestras do ex-presidente.

Entre os policiais federais que trabalham na Lava-Jato, a solicitação de habeas corpus preventivo causou estranheza, já que a PF não pediu a prisão preventiva de Lula. Um delegado que investiga os desvios na Petrobras confirmou, nesta quinta-feira, que sequer há inquérito formal instaurado a respeito do possível envolvimento do ex-presidente no esquema.

Ele disse, também, que o Ministério Público Federal (MPF) não faria o pedido de prisão sem investigação prévia da PF. — Isso é obra de alguém que se assustou — comentou o delegado.