A execução orçamentaria do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) em 2015 reflete o ajuste fiscal. Os recursos para uma das
principais vitrines da administração petista, caíram quase pela metade
neste ano, quando comparados com 2014. Além disso, a maioria da verba
foi destinada aos pagamentos dos compromissos assumidos em exercícios
anteriores, os “restos a pagar”.
Os oito primeiros meses de 2015 entregaram a pior execução dos
últimos quatro anos, só superando os dispêndios de 2011. Os valores
aplicados no chamado “PAC Orçamentário” (passível de monitoramento no
Orçamento Geral da União), passaram de R$ 42,3 bilhões em 2014 para R$
27 bilhões neste exercício, em se considerando os valores correntes
entre janeiro e agosto.
Em valores absolutos a redução foi de R$ 15,3 bilhões. No entanto, do
total aplicado, cerca de R$ 19 bilhões correspondem aos “restos a
pagar”, ou seja, 70% da totalidade investida na rubrica em 2015. O
montante também representa cerca de 30% dos R$ 65,2 bilhões autorizados
para o programa neste exercício. Isto quer dizer que em obras iniciadas
efetivamente neste ano foram aplicados apenas R$ 8 bilhões.