O Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou, nas primeiras
horas desta quarta-feira (2), a Operação Candeeiro, que investiga um
suposto esquema de desvio de recursos do Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente (Idema). Segundo o MPRN, o total desviado
passa dos R$ 19 milhões. Ao todo, participam da operação 26 promotores e
cerca de 100 policiais em Natal, Parnamirim, Santana do Matos e
Mossoró, que trabalham no cumprimento de 5 mandados de prisão
temporária, 10 mandados de condução coercitiva e 27 mandados de busca e
apreensão.
Os
mandados foram expedidos pelo Juízo da 6ª Vara Criminal de Natal, que
decretou sequestro de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas. De
acordo com o MPRN, o esquema ocorreu entre 2013 e 2014 dentro da Unidade
Instrumental de Finanças e Contabilidade do Idema. A organização
criminosa, segundo o MP, trabalhava em parceria com o então diretor
administrativo do órgão e com o auxílio de terceiros, que por meio de
ofícios destinavam a transferência de valores das contas do Idema para
os favorecidos no esquema. À época, o diretor administrativo do órgão
era Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, filho da
ex-procuradora-geral da Assembleia Legislativa, Rita das Mercês
Reinaldo, investigada na operação Dama de Espadas.
Ainda segundo o Ministério Público, os valores desviados eram destinados a a empresas - com as quais o Idema atualmente não reconhece qualquer espécie de contratação - que totalizam o valor de R$ 19.321.726,13, sendo metade vindos de uma conta oculta aberta em 2013.
Ainda segundo o Ministério Público, os valores desviados eram destinados a a empresas - com as quais o Idema atualmente não reconhece qualquer espécie de contratação - que totalizam o valor de R$ 19.321.726,13, sendo metade vindos de uma conta oculta aberta em 2013.
Até
o momento, sete empresas foram identificadas como beneficiárias do
esquema de desvio de recursos públicos. Em sua maior parte, o dinheiro
era transferido das contas do órgão no Banco do Brasil e sacado em
espécie nas instituições onde os beneficiários tinham suas contas.
O MP informou ainda que as transferências não eram registradas no Sistema Integrado de Administração Financeira do RN (SIAF), uma vez que não havia ligação contratual entre o Idema e as empresas beneficiadas.
O MP informou ainda que as transferências não eram registradas no Sistema Integrado de Administração Financeira do RN (SIAF), uma vez que não havia ligação contratual entre o Idema e as empresas beneficiadas.
Os
promotores ainda não divulgaram os nomes dos servidores envolvidos no
esquema. Eles devem responder pelos crimes de associação criminosa,
peculato, lavagem de dinheiro, falsificação de documento público, uso de
documento falso, extravio, sonegação e inutilização de livro ou
documento.
A operação segue em curso durante a manhã. Uma entrevista coletiva está marcada para as 15h, na sede da Procuradoria Geral de Justiça do Estado, onde serão dadas mais informações sobre a operação.
A operação segue em curso durante a manhã. Uma entrevista coletiva está marcada para as 15h, na sede da Procuradoria Geral de Justiça do Estado, onde serão dadas mais informações sobre a operação.
Tribuna do Norte