O presidente francês, François Hollande, afirmou na manhã
deste sábado (14) que o Estado Islâmico é o culpado pelo "ato de guerra"
que matou 127 pessoas e feriu mais de 180 em Paris na noite de
sexta-feira. "É um ato de guerra que foi cometido por um
exército terrorista, um exército jihadista, o Daesh, contra a França",
disse Hollande, usando a sigla em árabe para o Estado Islâmico. "É um
ato de guerra que foi preparado, organizado e planejado no exterior, com
cumplicidade de dentro da França."
Hollande prometeu uma resposta "implacável" aos atos de terror e decretou três dias de luto nacional. Minutos mais tarde, o EI assumiu a autoria dos ataques. Em nota, o EI afirmou que a localização dos ataques foi cuidadosamente
estudada e que foram empregados oito "combatentes" vestindo coletes
suicidas e levando armas automáticas.
"Alá (...) lançou o terror
contra seu coração", diz a grupo, que chama Paris de "a capital da
abominação e da perversão"."Paris tremeu sob seus pés [dos
terroristas]."
A nota termina com um alerta de que "este não é
nada mais do que o começo de uma tempestade e uma advertência para
aqueles que queiram meditar e tirar suas conclusões". No
Twitter, o Al-Hayat Media Centre, ligado ao Estado Islâmico, havia
postado um vídeo em que o grupo jihadista pedia ataques contra a França.
O vídeo não tem data e sua veracidade não pôde ainda ser confirmada. Na gravação, um militante diz que a França "não viverá em paz até que
os bombardeios continuem". "Vocês terão medo até de ir ao mercado", diz
ainda.