A taxa de desemprego do primeiro trimestre do ano – que ficou em
10,9%, o equivalente a 11,1 milhões de pessoas – subiu em todas as
grandes regiões do país, na comparação com o mesmo período de 2015. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Continua), divulgada no fim de abril, mas somente nesta
quinta-feira (19) detalhada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Os dados indicam que a taxa mais alta de janeiro a março deste ano
foi a da região Nordeste, onde passou de 9,6% para 12,8%, entre os três
primeiros meses do ano passado e os deste ano – o equivalente a uma
elevação de 3,2 pontos percentuais.
No Sudeste, onde está concentrado o maior contingente de
trabalhadores, a taxa subiu de 8% para 11,4%, 3,4 pontos percentuais a
mais que a aferição anterior; na região Norte, o desemprego aumentou de
8,7% para 10,5%; no Centro-Oeste, de 7,3% para 9,7%; e no Sul, de 5,1%
para 7,3%. Segundo o IBGE, no quarto trimestre de 2015, as taxas haviam sido de
10,5% no Nordeste, 9,6% no Sudeste, 8,6% no Norte, 7,4% no Centro-Oeste e
5,7% no Sul.
Por Estados
Já entre as unidades da federação, as maiores taxas de desemprego no
primeiro trimestre foram observadas na Bahia (15,5%), Rio Grande do
Norte (14,3%) e Amapá (14,3%). Já as menores taxas ocorreram em Santa
Catarina (6%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%).
O IBGE informou, ainda, que o nível de ocupação (indicador que mede a
parcela da população ocupada em relação à população em idade de
trabalhar) ficou em 54,7% para o total do país no primeiro trimestre do
ano. Apenas o Nordeste, com taxa de ocupação de 49%, ficou abaixo da
média do país.
Nas demais regiões, o nível de ocupação foi de 59,8% no Sul; 58,6% no
Centro-Oeste; 55,9% no Sudeste; e 55,0% no Norte. Percentualmente, as
maiores taxas de desemprego ficaram com Santa Catarina (60,4%), Rio
Grande do Sul (59,8%) e Mato Grosso do Sul (59,7%). Já as mais baixas foram anotadas em Alagoas (42,8%), Rio Grande do Norte (46,7%) e Ceará (47,2%).