O Antagonista destaca a delação de Alexandre Romano, advogado,
ex-vereador pelo PT em Americana, informa ainda que ele detalhou a
origem do esquema Consist no Ministério do Planejamento e a participação
do ex-ministro Carlos Gabas e do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira.
Romano relata uma reunião na sede do PT em Brasília, na sala de
Ferreira. Foi na reunião que ficaram acertados os percentuais de 5% para
Gabas e 5% para Duvanier Paiva, então secretário de Paulo Bernardo e já
falecido. Na mesma delação, Alexandre Romano também fala da relação da Consucred
com o PMDB. A Consucred teria perdido espaço nos contratos de crédito
consignado para a Consist, ligada ao PT.
Apesar da disputa, os empresários acabaram chegando a um acordo para a
distribuição da propina. Joaquim Maranhão e Emanuel Dantas do
Nascimento, sócios da Consucred, foram presos na Operação Custo Brasil.
Como mostra o documento em anexo, em seu depoimento, Alexandre Romano
cita o ex-ministro, Henrique Alves.
Henrique Alves
Chambinho, como é conhecido o ex-vereador, se tornou alvo da Lava
Jato em meados de 2015, depois de a força-tarefa do Ministério Público
ter mapeado que ele arrecadou mais de 50 milhões de reais em propina a
partir de contratos de empréstimos consignados no Ministério do
Planejamento. O esquema criminoso, que teve início em meados de 2010,
envolve empresas do grupo Consist e pagamentos de vantagens por meio de
empresas de fachada e inclui a emissão de notas fiscais falsificadas
para desvio de dinheiro público, segundo denuncia dos procuradores
envolvidos na operação Lava Jato.