Páginas

1 de setembro de 2016

O buraco mais caro do mundo é uma mina de diamantes localizada na Rússia

Apelidado de “Diamond City”, a mina localizada no leste da Sibéria, é tão grande que pode criar um vórtice capaz de sugar helicópteros para suas profundezas. Com 1.722 pés de profundidade e diâmetro de cerca de uma milha, a cratera faz parecer que a cidade vizinha, Mirny, foi atingida por um meteorito. Além disso, ela possui um valor estimado em £ 13 bilhões e pode ser o buraco mais caro do mundo.

Com tamanha riqueza, a mina ajudou a transformar a URSS em uma superpotência global após a Segunda Guerra Mundial. A mina deixou de funcionar em 2004, porém foi substituída por uma série de túneis subterrâneos que produziram mais de seis milhões de quilates de diamantes em 2014.  Ela é propriedade da empresa russa Alrosa, responsável por um quarto da produção mundial de diamantes.

Em 2010, a AB Elise, empresa de construção anunciou planos para construir uma grande cidade cúpula na mina desativada. A cidade iria abrigar 100.000 pessoas e a energia solar seria a principal fonte de energia. Evidentemente, a mina subterrânea teria que parar de funcionar antes que este sonho se torne realidade.
A mina Mir chegou a produzir, em média, dois milhões de quilates de diamantes por ano, chegando a um valor de, pelo menos £ 20 milhões, e junto com outras minas, foi responsável por 23 por cento dos diamantes brutos do mundo.

Os depósitos de diamantes foram descobertos por três geólogos – Ekaterina Elagina, Uri Khabardin e Viktor Avdeenko. Quando a notícia chegou a Moscou, a escavação começou. Usaram motores a jato e dinamite para abrir buracos e escavar a rocha e soltar o minério de kimberlito. Minérios no tamanho de bolas de golfe foram encontrados, incluindo um diamante de 130,85 quilates que valia cerca de £ 250.000. Os três geólogos foram premiados com o Prêmio Lenin, o maior prêmio da Rússia, pelos seus esforços. 

Depois da Rússia ser devastada na Segunda Guerra Mundial, o líder soviético Joseph Stalin usou o dinheiro da mina Mir para ajudar a reconstruir o país e transformar a Rússia em uma superpotência global.

A mina está localizada da Sibéria, um lugar com condições meteorológicas extremamente severas. O inverno pode durar até sete meses e as temperaturas chegam a -40 graus Celsius. Essas condições fizeram com que o processo de mineração ficasse complicado, já que os motores a jato não conseguiam gerar temperatura suficientemente para derreter a Permafrost.

O rápido desenvolvimento da mina Mir preocupou a empresa sul-Africana, De Beers, que até então distribuía o maior número de diamantes do mundo. Depois de receberem permissão para visitar Mir, o executivo da empresa, Sir Philip Oppenheimer e geólogo-chefe, Barry Hawthorne postergaram deliberadamente a viagem. No momento em que chegaram na mina seus vistos estavam prestes a expirar.