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3 de maio de 2021

Em 3 semanas, casos graves de Covid-19 caem em todas as faixas etárias

A pandemia de Covid-19 no Brasil continua grave, mas já apresenta sinais de melhora. Um levantamento feito por VEJA revela que após o Brasil atingir o pico em internações e mortes por semanais pelo novo coronavírus na segunda semana de março, houve redução no número de hospitalizações pela doença em todas as faixas etárias. Se considerarmos todas as idades, a diminuição média de internações entre a segunda semana de março e a primeira de abril foi de 35%. A mesma tendência foi observada nas mortes, que diminuíram, em média, 49,5%, no mesmo período.

As taxas mais substanciais foram observadas em octogenárias e nonagenários: -50% e -39%, respectivamente, em hospitalizações e -60% e -52% em mortes. Embora não seja possível afirmar, acredita-se que a vacinação contra a Covid-19 tenha desempenhado um papel importante na redução de casos graves e óbitos em pessoas dessas faixas etárias. Até o fim da semana epidemiológica 14, que corresponde aos dias 4 a 10 de abril, a maioria das pessoas acima de 80 anos já havia recebido ao menos uma dose da vacina.

O levantamento foi feito com base nos casos de internação e óbitos por Covid-19, obtidos pelo SivepGripe sobre as síndromes respiratórias agudas graves (srag) no país. A redução de casos graves e mortes pelo novo coronavírus vai ao encontro da tendência de queda observada nas curvas de casos e mortes pela doença no país.

Na manhã desta sexta-feira, 30, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a melhora do cenário brasileiro. “Os casos agora diminuíram por quatro semanas consecutivas, e as internações e mortes também estão diminuindo. Isso é uma notícia boa e esperamos que essa tendência continue”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma coletiva de imprensa.

No entanto, não é motivo para comemoração nem relaxamento. Abril já é o mês mais letal da pandemia e na quinta-feira, o país foi o segundo no mundo, depois apenas dos Estados Unidos, a ultrapassar o triste marco de 400.000 mortes pela doença. Para que os números continuem a melhorar, é preciso manter a guarda alta e os cuidados preventivos, incluindo uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos.