Porém, no acumulado do ano, o saldo é positivo com um volume de US$ 25,5 milhões. De acordo com o Sebrae, o desempenho baixo das exportações no mês passado, entre outros fatores, pode estar relacionado ao período de entressafra do melão, que tradicionalmente figura entre os principais itens da pauta de exportação do estado.
“A retomada do plantio ocorre, normalmente, no finalzinho de julho. E as exportações da fruta começam de fato a partir da segunda quinzena de agosto. Por isso, não há números expressivos de exportação de melão neste mês”, explica o analista técnico e gestor de Fruticultura do Sebrae-RN, Franco Marinho.
As lagostas foram o item com maior volume de negociação, com um total de US$ 2,5 milhões. O segundo produto com maior volume enviado para o exterior foram os tecidos de algodão, com uma negociação de US$ 1,3 milhão. Juntos, alguns produtos de origem animal atingiram um volume de US$ 1,7 milhão. As balas e confeitos de caramelo entraram no ranking com vendas que chegam a US$ 767,9 mil.
Os Estados Unidos foram o principal parceiro comercial do Rio Grande do Norte em agosto, com acordos que totalizaram US$ 6,8 milhões, principalmente pelas aquisições de lagostas. A China também adquiriu o crustáceo inteiro e as exportações para o país asiático somaram US$ 840 mil. Os tecidos foram principalmente para a Colômbia e o Peru.
No acumulado do ano, as exportações do Rio Grande do Norte totalizam US$ 227,3 milhões. Esse volume é 47% maior que o acumulado no mesmo intervalo de 2020, quando as exportações do RN chegaram a US$ 154,6 milhões.
Importações
De julho para agosto, as importações do Rio Grande do Norte saíram de US$ 17,8 milhões para mais de US$ 25 milhões. Isso representa um crescimento de 40,2% e, em relação ao mesmo mês do ano passado, um aumento de 95,5%, já que em agosto de 2020 o RN importou um total de apenas US$ 12,8 milhões.
Os principais produtos importados no mês passado foram os trigos, com uma negociação de US$ 11,4 milhões, seguidos das torres de aço ou ferro usadas na indústria eólica. Foram comprados US$ 4,1 milhões em insumos para essa cadeia produtiva.
O maior montante gerado pela importação de mercadorias veio da Argentina, devido às torres, com um volume de US$ 6,7 milhões. Os Estados Unidos ficaram na segunda posição, com importações de US$ 5,5 milhões, principalmente do trigo, que também é importado da Rússia e do Canadá.
A China apareceu na terceira posição com um volume de US$ 3,2 milhões, valores registrados principalmente pela importação de policloreto de vinila.
As importações acumuladas de janeiro a agosto somam US$ 201,7 milhões– 78,2% maiores que o acumulado em 2020. Já as exportações, da ordem de US$ 227,3 milhões, são 47% maiores que o mesmo período do ano passado.
No fim, o saldo da balança acumula um superávit de US$ 25,5 milhões, que é 38,2% menor que o saldo registrado entre janeiro e agosto de 2020, quando a diferença entre exportações e importações foi de US$ 41,4 milhões.