Já em relação a agosto do ano passado, quando a taxa de desemprego foi de 14,4%, a queda é de 1,3 ponto. De junho a agosto, o grupo de pessoas ocupadas ganhou 3,4 milhões de pessoas, uma alta de 4%, para 90,2 milhões. Esse avanço fez com que o nível de ocupação subisse 2 pontos percentuais no período, para 50,9%. Ou seja, mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país. Em um ano, o contingente de ocupados avançou em 8,5 milhões de pessoas.
A ocupação foi impulsionada pelo aumento de 1,1 milhão de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, uma alta de 4,2% no grupo, que totaliza agora 31 milhões de pessoas. Os postos de trabalho informais também avançaram, com a manutenção da expansão do trabalho por conta própria sem CNPJ e do emprego sem carteira no setor privado. “Inclusive, isso fez com que a taxa de informalidade subisse de 40% no trimestre encerrado em maio para 41,1%, no trimestre encerrado em agosto, totalizando 37 milhões de pessoas”, destaca o IBGE.
“Parte significativa da recuperação da ocupação deve-se ao avanço da informalidade. Em um ano a população ocupada total expandiu em 8,5 milhões de pessoas, sendo que desse contingente 6 milhões eram trabalhadores informais”, explica a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, em nota de divulgação.
O Instituto ressalta ainda que, embora tenha havido um crescimento bastante acentuado no período, o número de trabalhadores informais ainda se encontra abaixo do nível pré-pandemia e do máximo registrado no trimestre fechado em outubro de 2019, quando chegava a 38,8 milhões de pessoas.
Empregados sem carteira assinada crescem 23% no ano
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado totalizou 10,8 milhões de pessoas, uma alta de 10,1% no trimestre. O grupo ganhou 987 mil trabalhadores. Já na comparação anual, a alta foi maior, de 23,3%, ou 2 milhões de pessoas no ano. Essa variação é a maior da série histórica, em termos percentuais e absolutos, na comparação anual, ressalta o IBGE.