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15 de junho de 2022

Bolsonaro lidera ranking de popularidade digital, Lula cai e Ciro sobe


O presidente Jair Bolsonaro (PL) teve o melhor desempenho nas redes sociais entre pré-candidatos no último mês, indica o Índice de Popularidade Digital (IPD) calculado diariamente pela empresa de consultoria e pesquisa Quaest.

Bolsonaro liderou o ranking na maior parte do período analisado, de 18 de maio a 12 de junho, ainda que seu rival Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha registrado índices próximos e o tenha ultrapassado em alguns momentos.

O indicador aponta que nos últimos dias a performance do petista nas redes sofreu uma queda, enquanto Bolsonaro e Ciro Gomes (PDT) registraram crescimento com viagens.

A piora de Lula se dá após ele contrair Covid-19 e cancelar agendas, e mesmo com a divulgação de uma prévia de seu programa de governo. Nesta terça, 14, ele afirmou que fez novo teste, que deu negativo, e vai reiniciar visitas a Minas Gerais e ao Nordeste.

A confirmação da doença ainda gerou uma série de comentários e especulações na internet sobre a idade e a saúde do ex-presidente, que tem 76 anos, destaca o cientista político e estatístico Felipe Nunes, diretor da Quaest e responsável pelo IPD.

O número do índice, que vai de 0 a 100, ajuda a sentir a temperatura da corrida eleitoral. Ele é calculado desde 2018 por meio de um algoritmo de inteligência artificial que coleta e processa 152 variáveis de seis sites: Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipedia e Google.

São monitoradas seis dimensões: presença digital (perfis ativos), fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), mobilização (compartilhamentos), valência (proporção de reações positivas e negativas) e interesse (volume de buscas).

No último domingo, 12, data mais recente da análise, Bolsonaro tinha 33 pontos, contra 29,4 de Lula. Ciro aparecia em terceiro, com 23,2, e se destacava por ser a opção da terceira via que mais apresentou crescimento na segunda semana de junho.

A subida pode ter sido impulsionada por uma série de viagens do pedetista ao Rio Grande do Sul, onde deu entrevistas e se encontrou com empresários e pré-candidatos locais em cidades como Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas e Novo Hamburgo.

Bolsonaro viu melhora no índice após seu primeiro encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden, durante a Cúpula das Américas em Los Angeles na última quinta, 9, e uma motociata em Orlando para a inauguração de um vice-consulado do Brasil no sábado, 11.

Ele também teve um crescimento significativo no dia 24 de maio, quando parabenizou a Polícia Militar do Rio de Janeiro por uma operação que deixou 23 mortos na Vila Cruzeiro, parte do complexo de favelas da Penha, na zona norte carioca.

Lula, por sua vez, teve momentos de alta em 18 de maio, quando se casou com a socióloga Rosângêla Silva, mais conhecida como Janja, e em 1º de junho, quando viajou ao Rio Grande do Sul ao lado do pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

O petista ainda esboçou uma recuperação a partir de 26 de maio, data em que pesquisa Datafolha apontou a ampliação de sua vantagem em intenções de voto sobre Bolsonaro no primeiro turno. O ex-presidente liderava a disputa com 48%, ante 27% do atual mandatário.

No último mês, predominaram nas redes sociais de Bolsonaro temas como violência, apreensões de drogas, leilões federais, chuvas no Nordeste e redução de impostos. Já Lula focou assuntos como fome, preço do gás e dos alimentos, liberdade de imprensa e meio ambiente.

Com informações da Folha de S. Paulo