Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.
De acordo com o levantamento, a soma do saldo de vagas formais em janeiro e fevereiro de 2023 é o resultado mais baixo para os dois primeiros meses do ano desde a reformulação do Caged, em 2020. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores. A mudança da metodologia não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.
Em relação à criação de empregos em fevereiro deste ano, divulgado nesta quarta-feira, 29, pelo Caged, quatro dos cinco setores pesquisados tiveram saldo positivo. Na liderança aparece o ramo de serviços, com a abertura de 164,2 mil postos de trabalho.
Na segunda posição aparece o setor de construção civil, com 40.380 postos abertos. A indústria ocupa a terceira colocação, com a criação de 22.246 empregos com carteira assinada. O nível de emprego também aumentou na agropecuária, com a abertura de 16.284 postos. Por outro lado, o setor do comércio, pressionado pelo fechamento de vagas temporárias típico do início de ano, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 1.325 vagas.
O levantamento também aponta que todas as regiões do Brasil tiveram saldo positivo. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 110.575 postos a mais, seguido pelo Sul, com 63.309 postos. Na sequência vem o Centro-Oeste, com 29.959 postos. O Nordeste abriu 23.164 postos de trabalho. O Norte, depois de dois meses consecutivos com fechamento de empregos formais, desta vez criou 12.456 vagas formais no mês passado. Inclusive, em fevereiro, todas as unidades da Federação computaram saldo positivo.