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4 de fevereiro de 2025

Alimentos podem ficar mais caros no RN com alta dos combustíveis


O reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis, que entrou em vigor no último sábado (1º), deve impactar também a cadeia de produção de alimentos no País e provocar novos aumentos de preços nas prateleiras dos supermercados. No Rio Grande do Norte, segundo fontes ouvidas pela reportagem, os hortifrutigranjeiros devem ser os mais impactados, mas não apenas eles. Em todo o Brasil, as carnes, que registraram alta de R$ 20,8%, conforme o IBGE, também devem ser afetadas.

O efeito acontece mais especificamente em razão da alta do diesel, de R$ 0,06, o que representa um reajuste de 5%. Segundo o economista Emanoel Márcio Nunes, professor coordenador do Programa de Pós-graduação em Economia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), o aumento do preço do diesel influencia diretamente na cadeia de produção de alimentos por causa do transporte de mercadorias, feito essencialmente por rodovias.

RN tem gasolina mais cara do Nordeste por R$ 6,63, aponta ANP


O Rio Grande do Norte tem a média da gasolina mais cara do Nordeste por R$ 6,63, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O relatório apontou que o preço da gasolina comum no Rio Grande do Norte variou entre R$ 5,89 e R$ 6,89 por litro no período de 26 de janeiro a 1º de fevereiro de 2025. O desvio padrão da média foi de R$ 0,240, indicando variações consideráveis entre os postos pesquisados. No caso da gasolina aditivada, os valores oscilaram de R$ 5,96 a R$ 6,89, com uma média de R$ 6,61.

A pesquisa da ANP analisou os preços dos principais combustíveis comercializados no estado, incluindo gasolina comum, gasolina aditivada, etanol hidratado, GLP, diesel e GNV (gás natural veicular), abrangendo um total de 25 postos de combustíveis.

Segundo o levantamento, o etanol hidratado, alternativa mais econômica para alguns motoristas, teve variação entre R$ 4,46 e R$ 5,49, com preço médio de R$ 5,16. Apesar do custo menor em relação à gasolina, a viabilidade do etanol depende da eficiência do veículo e do consumo em relação ao preço do combustível.

O diesel, amplamente utilizado no transporte de cargas e passageiros, registrou preços entre R$ 6,09 e R$ 6,79, com uma média de R$ 6,34. A variação impacta diretamente nos custos logísticos e no preço final de mercadorias e serviços.

Trabalhadores do Detran anunciam paralisação nesta quinta-feira (6)


Trabalhadores do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) vão paralisar suas atividades durante 24 horas na próxima quinta-feira (6). A ação foi deliberada em Assembleia virtual no último dia 30 de janeiro, e consiste também em um ato público em frente à sede estadual da autarquia, em Natal, a partir das 8h. A atividade é organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (Sinai-RN).

Entre outras coisas, a categoria está insatisfeita porque o Governo do Estado do RN não começou a dialogar sobre o aumento do auxílio-alimentação. Conforme acordo assinado em 2024, as negociações deveriam ter começado em janeiro. Os servidores também querem prestar solidariedade aos trabalhadores terceirizados, que amargam atrasos nos pagamentos de salários e de auxílios como os de alimentação e transporte.

De acordo com o Sinai-RN, a paralisação é considerada de advertência, e deve “pautar a luta contra a precarização do Detran-RN, que necessita de autonomia para garantir os direitos dos servidores e da população que utiliza os serviços do departamento”.

Percepção de aumento da corrupção sob Lula não surpreende


Pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de janeiro revela que 45% dos entrevistados acreditam que a corrupção no Brasil aumentou no governo de Lula, cuja primeira metade acabou de se concluir. Observando os recortes, percebe-se que o percentual sobe para 53% no universo de pessoas com nível superior e tem idêntico patamar numérico na faixa de renda acima dos 5 salários-mínimos.

Até entre os eleitores de Lula, 24% deles acreditam no aumento da corrupção neste mandato e 31% pensam que os níveis permaneceram os mesmos (55% no total). Na região Nordeste, onde Lula foi bem votado, 41% dos entrevistados acreditam que a corrupção aumentou. No Norte, 46%.