A eleição de Kast representa o governo mais à direita no Chile desde o fim da ditadura militar em 1990 e reflete um forte sentimento de insatisfação entre os eleitores em relação à questão da segurança pública e da imigração. O presidente eleito baseou sua campanha em propostas duras de combate ao crime, endurecimento das políticas de imigração — incluindo deportações e maior controle das fronteiras — e medidas de lei e ordem.
Jeannette Jara, que vinha de um histórico como ex-ministra do Trabalho e representante da coalizão de esquerda no país, reconheceu a derrota e parabenizou Kast pela vitória. Especialistas apontam que essa vitória segue uma tendência mais ampla de avanço de candidaturas conservadoras em alguns países da América Latina, impulsionadas por preocupações com segurança, economia e políticas sociais. A posse de José Antonio Kast está prevista para março de 2026, quando ele assumirá o comando do país em um momento de intensos debates sobre segurança, políticas sociais e o papel do Estado chileno.

