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26 de dezembro de 2012

As 10 novelas que foram os maiores fracassos da TV

10 – TEMPOS MODERNOS
Primeiro, a culpa foi do horário de verão. Depois, recaiu sobre as intensas chuvas de fim de tarde que atingiram grande parte do país desde o fim de dezembro. Por fim, o Carnaval. As desculpas para justificar o fracasso de Tempos Modernos (Globo, 2010) estão sempre na ponta da língua, mas nenhuma convenceu. O fato é que a história do empresário Leal (Antônio Fagundes), seu computador Frank e suas três filhas não agradou como se esperava. É verdade que a novela está apenas no começo – estreou em 11 de janeiro -, mas já registrou a pior audiência de todas as novelas das 19h da Globo e ligou o sinal de alerta da emissora.

09- VIVER A VIDA
A nova Helena (Taís Araújo) de Manoel Carlos, dessa vez, não encantou. A química entre ela e Marcos (José Mayer) também não convenceu. A trama não esquentou, e o resultado disso só poderia ser baixa audiência. Começa-se a ter certeza de que uma novela vai mal quando personagens secundários começam a ofuscar os protagonistas, neste caso, como os gêmeos Miguel e Jorge (Mateus Solano), a língua afiada de Isabel (Adriana Birolli) e a esperta Rafaela (Klara Castanho). Viver a Vida (Globo, 2009) tem o pior ibope de toda a história das novelas das 20h e 21h da emissora. O autor promete uma reviravolta para dar fôlego à história que tem fim marcado para maio.

08- O BEIJO DO VAMPIRO
Não é porque uma novela fez um imenso sucesso que ela pode ser copiada com o mesmo resultado. Esse foi o pecado cometido por O Beijo do Vampiro (Globo, 2002), que foi vista como uma réplica de Vamp (1991), com mais efeitos especiais. A mais notável semelhança entre as duas, além do autor Ântônio Calmon, são os personagens de Ney Latorraca, que foi Conde Nosferatu e Conde Vlad, respectivamente. Mas quem guia a história na nova versão são os vampiros Bóris (Tarcísio Meira) e Mina (Claúdia Raia) e os mortais Lívia (Flávia Alessandra) e Beto (Alexandre Borges), que se encontram entre uma reencarnação e outra.


 07- VIRA LATA
Carlos Lombardi já assumiu, em um evento de TV, que Vira-Lata (Globo, 1996) é uma mancha em seu currículo de novelista. "Às vezes, você descobre que foi problema seu, ou um erro de escalação, ou em geral uma mistura de tudo isso. Foi o que aconteceu com Vira-Lata", disse o autor de fenômenos como Bebê a Bordo (1988) e Quatro por Quatro (1994). No fracasso, Andréa Beltrão é Helena, uma mulher com duas filhas pequenas e um pai criminoso, que ela tenta esconder do marido, o promotor Viana (Murilo Benício). A empatia dos protagonistas com o público foi tão fraca, que o autor decidiu virar a história e transformar o então casal coadjuvante – Fidel (Marcello Novaes) e Renata (Carolina Dieckmann) – em principal. Deu menos errado.

BELA, A FEIA
(Record, 2009) foi anunciada com toda a pompa e prometendo 20 pontos no ibope. Começou com 10 e foi caindo cada vez mais, chegando a marcar até 5, muito diferente de novelas bem-sucedidas da emissora, como Promessas de Amor e Os Mutantes. A culpa pode não ser da Record, e sim da história da heroína feia e bobinha que se apaixona pelo lindo chefe garanhão e um dia aparece linda e fatal. A fórmula pode, simplesmente, ter cansado o público, que já foi apresentado à original colombiana (Betty, la Fea), exibida no Brasil pelo SBT e pela Rede TV, que também deu origem a um seriado americano (Ugly Betty). Para tentar mostrar alguma novidade e chamar a audiência de volta, a Record promete um final diferente, no qual a feia não suma.

05- VENDE-SE UM VÉU DE NOIVA
Silvio Santos nunca se fez de rogado ao mudar de horário, encurtar a duração ou simplesmente limar da telinha algum programa que não estivesse dando a audiência necessária. Não é porque Íris Abravanel é sua mulher que seria diferente. Vende-se um Véu de Noiva (SBT, 2009), do qual ela é a autora, fez a emissora – que deve sentir saudades dos bons índices que conquistava com as novelas mexicanas – amargar o quarto lugar no ibope durante todo o período de exibição. Por isso, terminou quase dois meses antes do previsto. Baseada na obra homônima de Janete Clair, a história gira em torno do casal Maria Célia (Thaís Pacholek) e Rubens Baronese (Nando Rodrigues). Nem as insistentes chamadas feitas pelo patrão impulsionaram o ibope.

04- NEGÓCIO DA CHINA
Miguel Falabella já tinha enfrentado alguns fracassos como autor de novelas, com Salsa & Merengue e A Lua Me Disse, ambas escritas em parceria com Maria Carmem Barbosa. Mas foi em Negócio da China (Globo, 2008), a primeira escrita sozinho, que sua carreira de novelista foi colocada em xeque. O que era para ser uma história de ação para atrair o público jovem, tornou-se na prática uma história sem pé nem cabeça, que misturava máfia chinesa, um pendrive que guardava uma grande fortuna e atiçou a ambição de metade do elenco, lutas marciais, romances e implicância de sogras. Uma das piores audiências das novelas da Globo e a saída precoce de Fábio Assunção, protagonista ao lado de Grazi Massafera, acabaram mudando o rumo da história e ajudaram a antecipar o (desejado) fim da história. Ao fim, o autor disse que só volta a escrever novela "se estiver morrendo de fome".

03- BANG BANG
A Globo inovou abordando o tema faroeste em uma novela. Mas não foi à toa que isso não virou moda. Bang Bang (Globo, 2005) foi um fiasco. A trama confusa e as piadas do velho oeste não colaram. Os baixíssimos índices de audiência chegaram a afetar, inclusive, o imaculado ibope do Jornal Nacional, que vinha logo em seguida. Nem o autor aguentou a história de Ben Silver (Bruno Garcia), que aos 8 anos teve a família morta pelos capangas de Paul Bullock (Mauro Mendonça) e volta para a cidade pronto a enfrentar o inimigo, quando se apaixona pela filha dele, Diana (Fernanda Lima). Alegando problemas de saúde, o novelista Mário Prata abandonou o folhetim nas primeiras semanas de exibição, deixando o abacaxi nas mãos de Carlos Lombardi, que não conseguiu fazer milagre.

02 – ZAZÁ
Nem o peso do nome da única atriz brasileira indicada ao Oscar foi o suficiente para fazer Zazá (Globo, 1997) decolar. Fernanda Montenegro era a protagonista Zazá Dumont, uma mulher apaixonada por aviação e que jurava ser filha de ninguém menos que Santos Dumont. A história fraca se refletiu em audiência pífia. O autor, Lauro César Muniz, não lembrava nem de perto o grande sucesso de O Salvador da Pátria (1989). Ele assumiu em entrevista, pouco depois do fim da novela, que chegou a perder o controle da história e a vontade de fazer novela depois de Zazá, "porque aquilo me traumatizou um pouco".

01- ESTRELA GUIA
Uma novela não pode ser considerada um fracasso apenas pelos baixos índices de audiência. Estrela Guia (Globo, 2001) é o melhor exemplo. O ibope, para uma novela das 18h, era bom, mas a história da jovem hippie Cristal era de dar sono. Ela nasce em uma comunidade hippie criada por seu pais e é batizada por Tony (Guilherme Fontes), com quem se encontra anos depois e vive uma história de amor, enquanto tenta lidar com "as armadilhas da cidade grande". Talvez a curiosidade de ver Sandy na telinha – o papel foi escrito especialmente para ela – ou a simples fidelidade de seus fãs tenha feito a novela emplacar, apesar de ter sido uma das mais curtas da história – 83 capítulos (três meses).