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26 de junho de 2015

Polícia Civil indicia quatro mulheres por morte de bebê em Santana do Matos

As investigações sobre a morte de um bebê que teria sido enterrado ainda com vida logo após o parto, no sítio Macacos, Zona Rural de Santana do Matos, apontam que a mãe, duas irmãs e a sogra da genitora são as responsáveis pelo crime. O homicídio ocorreu no dia 10 de fevereiro de 2014. 

A mãe, Naíres Cardoso Pereira de Melo, será indiciada por homicídio doloso qualificado e ocultação de cadáver; as irmãs de Naíres, Nailma Cardoso Pereira de Melo e Nadia Patrícia Cardoso Pereira, e a sogra de Naíres, Maria Iraci Assunção, serão indiciadas por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

“Depois de ouvirmos vários depoimentos, inclusive de profissionais da área de saúde, ficou claro que Naíres escondia a gravidez. A indiciada alegava que a barriga cresceu devido a um mioma. Quando ela sentiu as dores do parto, não procurou ajuda, teve a criança em casa e afirmava que o bebê havia nascido morto, com duas laçadas no pescoço”, detalhou a delegada Paoulla Maués, da Delegacia Municipal de Santana do Matos.

Após o nascimento do bebê, as irmãs e a sogra da genitora enterraram a criança no curral da casa. O inquérito policial e as análises do Instituto Técnico da Polícia (ITEP) revelaram que a criança foi enterrada ainda com vida, pelas irmãs e pela sogra da genitora, entretanto, estas não sabiam que a criança estava viva.

“Concluímos que estas três mulheres enterraram a criança porque achavam que ela estava morta. Indiciamos a mãe porque ela escondeu de todos, durante toda a gestação, que estava grávida e no dia do parto, sentindo contrações, negou ir ao hospital, fez questão de ter a criança sozinha em casa, sem o auxilio medico adequado, e mesmo após dar a luz a uma criança supostamente laçada, assistindo a todo sofrimento da criança para nascer, continuou omissa, não a socorrendo, mas ao contrário, consentiu que as irmãs e sogra enterrassem a criança no curral da sua casa, a qual ainda estava viva”, disse a delegada.


Tribuna do Norte