Páginas

23 de setembro de 2016

Apesar de decisão judicial, greve dos bancários segue sem perspectiva de finalização

A atuação da greve nacional dos bancários acaba de completar o 17º dia sem acordo entre os banqueiros e os funcionários. A categoria pede reajuste salarial que acompanhe a inflação e mais 5% de aumento real. Em Natal, assim como em outras capitais, todos os bancos estão paralisados devido à greve e a população que utiliza os serviços precisa recorrer aos terminais de atendimento e às poucas agências que estão realizando depósitos.

Na última tentativa de acordo, em reunião realizada no dia 13 de setembro, os banqueiros sugeriram um aumento de 7% e um abono de R$3.300,00 que seria recebido pelos funcionários em parcela única. O sindicato não aceitou a proposta e decidiu continuar com a greve que não tem perspectiva de ser encerrada. Gilberto Monteiro, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, explicou em entrevista ao Portal Agora RN que não existem novas agendas de negociação. “Foi proposto um novo acordo que satisfaz as pautas da greve, mas os banqueiros não atenderam o pedido e abandonaram a categoria. Enquanto não houver resposta, nós vamos continuar em greve”, garantiu.

Enquanto a greve não é encerrada, a população que precisa utilizar os serviços deve se dirigir às agências do Banco do Brasil do Tirol, da Av. Prudente de Morais, da Amintas Barros e do Igapó. Estão funcionando também as agências dos Correios, que oferecem alguns dos serviços realizados por bancos, da Ribeira, do Potengi e de Câmara Cascudo.


Uma decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RN) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) determinou que pelo menos 30% dos trabalhadores voltassem às suas atividades em expediente normal. Em Natal, essa decisão fez com que passassem a funcionar normalmente apenas as agências bancárias que ficam localizadas dentro de órgãos judiciários. A medida leva em conta o cumprimento de mandados judiciais, que dependem muitas vezes de pagamentos e liberação de depósitos, mas, segundo Gilberto Monteiro, o funcionamento dessas agências não afeta as atividades da greve.