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14 de novembro de 2019

Previne Brasil: Governo Federal lança programa que vai investir R$ 2 bilhões na atenção básica

O programa Previne Brasil investirá R$ 2 bilhões para melhorar o atendimento primário em municípios brasileiros. Cerca de 50 milhões de pessoas serão incluídas nas consultas do SUS. A proposta foi apresentada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nesta terça feira. O ministro afirmou que a iniciativa visa o financiamento da atenção primaria à saúde, para ampliar o acesso da população mais carente a consultas públicas, exames e outros serviços ofertados na rede pública.

“São mais de 40 milhões de pessoas esquecidas, quase a metade delas as pessoas mais frágeis, que mais necessitam do cuidado da estratégia de saúde da família e da atenção básica. É nesse universo que gastamos quase R$ 1 bilhão com amputações, porque os diabéticos não são controlados. É atrás deles que nós vamos”.

De acordo com o ministro da Saúde, o dinheiro investido no programa não afetará o orçamento da União. O capital será realocado da própria verba do ministério, que, segundo Mandetta, antes era gasta com políticas públicas ineficientes. Mandetta acrescentou que, pelo programa Previne Brasil, o investimento na saúde básica vai acontecer não mais pela média da população, como acontece desde a criação do SUS, o Sistema Único de Saúde, há 30 anos, e sim por produtividade.

O município terá que cadastrar os usuários do SUS no Sistema de Informação da Atenção Básica, SISAB, e registrar os tipos de serviços mais utilizados pelos pacientes. A ideia é evitar que a população recorra às emergências dos hospitais para tratar de doenças que seriam prevenidas na atenção primária. Assim, o ministério poderá alocar os recursos de acordo com a necessidade dos municípios.

“Nós vamos investir mais de R$ 2 bilhões acima do que já investimos em atenção primária e, pela primeira vez, dando por aquilo que você faz. Pelas metas da sua cidade, da equipe”. Luiz Henrique Mandetta adiantou que o próximo passo será o anúncio da capacitação de quase 260 mil técnicos em saúde básica, para atuar em saúde da família, em todo o país.