De acordo com o boletim, que é atualizado mensalmente pela Agência Nacional das Águas (ANA), o Rio Grande do Norte — devido às chuvas abaixo da normalidade no primeiro quadrimestre do ano — apresenta avanço da seca fraca em todo o estado. Nas regiões Sudoeste e Seridó houve acentuação da seca, passando de fraca para moderada.
Diante do cenário, o Governo do Estado iniciou articulações para definir ações emergenciais. Um grupo de trabalho será coordenado pelo secretário estadual de Recursos Hídricos, Paulo Varella, com participação de representantes de secretarias ligadas aos setores de agricultura, abastecimento e assistência social. A missão é elaborar um diagnóstico detalhado da situação e propor medidas diante da baixa recarga de barragens e açudes, especialmente nas regiões Central e Oeste.
Atualmente, os 53 reservatórios monitorados pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) e pela Agência Nacional de Águas (ANA) acumulam 2,55 bilhões de metros cúbicos, o equivalente a 57% da capacidade total de armazenamento.
O Governo do Estado avalia ampliar o acesso à água em áreas de vulnerabilidade hídrica, com perfuração de poços e instalação de dessalinizadores. Em 2025, a infraestrutura hídrica instalada no Rio Grande do Norte vai integrar novos equipamentos, como a Barragem de Oiticica, o Sistema Adutor do Seridó e o Ramal do Apodi da Transposição do São Francisco.
O chefe da unidade de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, apresentou dados que apontam chuvas abaixo do esperado entre janeiro e abril de 2025. A redução foi de 15,7% no Oeste e de 16,7% na região Central.
Em maio, três municípios potiguares — Doutor Severiano, José da Penha e São Bento do Trairí — tiveram situação de emergência reconhecida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). A medida, oficializada por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União, autoriza o repasse de recursos federais para ações de apoio à população afetada, como distribuição de água, cestas básicas e kits de higiene.