A preocupação levou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Ministério da Educação (MEC) a promoverem capacitações para orientar os gestores. No Rio Grande do Norte, o encontro ocorreu na última quarta-feira (16). A ação foi feita em parceria com a União dos Dirigentes Municipais de Educação do RN (Undime-RN), que acompanha a execução dos recursos.
Segundo ele, há risco de perda de recursos caso não haja agilidade por parte dos gestores. “Esse risco pode ser mitigado com ação rápida, orientação técnica adequada e apoio institucional. Por isso, temos intensificado a articulação com o MEC e realizado capacitações como a do último dia 16, para garantir que os recursos permaneçam nos municípios e sejam revertidos em melhoria real da oferta de tempo integral nas escolas públicas”, destacou.
Entre os entraves enfrentados, estão a burocracia nos processos licitatórios e a limitação técnica de equipes, principalmente em municípios menores. “Esses fatores somados acabam por comprometer a agilidade e a eficiência na execução orçamentária”, pontuou Petrúcio. A rede estadual de ensino recebeu R$ 16 milhões, mas, segundo dados de maio, havia executado apenas R$ 3 milhões. Já os municípios, que receberam R$ 64 milhões, tinham aplicado 40% do total até então.
A Secretaria Estadual de Educação informou que executou R$ 5,9 milhões e pretende utilizar mais R$ 3,4 milhões em breve. A pasta garantiu que os valores serão usados “dentro do prazo estipulado” em obras, reformas, compra de utensílios, formações e demais investimentos.
A Secretaria Municipal de Educação de Natal (SME/Natal) afirmou que estão sendo executados R$ 2 milhões, de um total de R$ 6,4 milhões. Os recursos são destinados à manutenção dos prédios escolares que ofertam ensino integral.
“A SME está trabalhando para utilizar os recursos até outubro e acredita que isso seja possível. No entanto, existem desafios relacionados aos trâmites licitatórios”, disse o secretário Aldo Fernandes. Segundo ele, estão em fase final de aquisição brinquedos, eletrodomésticos, papelaria, colchonetes, instrumentos musicais, itens para hortas e produtos de limpeza.
A secretaria também estuda novas estratégias pedagógicas. “Estudos estão sendo realizados para tornar as atividades mais dinâmicas e atrativas, a exemplo do uso da gamificação como metodologia ativa e como forma de engajar os estudantes no processo de aprendizagem”, afirmou Fernandes.
Com informações da Tribuna do Norte