Líderes das bancadas partidárias na Câmara fecharam nesta terça-feira (26) um
acordo para colocar em votação requerimento de urgência para o projeto que
determina o fim dos 14º e 15º salários pagos todos os anos aos senadores e
deputados federais. Os parlamentares devem apreciar o requerimento de urgência no plenário nesta
quarta (27) e, se aprovado, poderão votar a proposta no mesmo dia.
O acordo foi costurado pelo presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN) na reunião de líderes desta terça. Segundo Henrique Alves, todos
os partidos subscreveram o pedido que garante agilidade na votação. Com esse
carimbo, o projeto fica dispensado de tramitar na Comissão de Finanças e
Tributação e na de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta que determina o fim do salário extra pago a deputados e senadores
nos meses de dezembro e fevereiro a título de ajuda de custo estava parada na
Comissão de Finanças da Câmara desde que o Senado a aprovou, em maio do ano
passado.
O vencimento mensal dos congressistas, sem contar benefícios
como plano de saúde, passagens áreas e cota para gastos de gabinete (que cobre
telefone, correspondências, transporte e outros itens) é de R$ 26.723,13.
Somados, os dois subsídios adicionais acrescem R$ 53.446,26 aos contracheques
dos parlamentares. O presidente da Câmara também afirmou que não está em discussão no
Legislativo nenhuma medida para compensar financeiramente a extinção da ajuda de
custo aos congressistas.