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7 de novembro de 2014

Encarado como tabu, câncer de próstata mata um homem a cada 40 minutos

Na maca branca de uma sala do Hospital da Aeronáutica de São Paulo repousa Roberto Caldeira. O paciente de 65 anos tinha uma vida normal há alguns meses. Avô de 8 netos, pai de 4 filhos e esposo de uma mulher que conheceu na adolescência, o homem já não respira mais sozinho. O aparelho de monitoramento cardíaco exala a aflição em cada “pi” que lança ao ar. “Se na época [1993] o câncer de próstata fosse mais divulgado, certamente meu avô ainda estaria conosco”, conta o neto, Felipe Lucchesi, 23. Roberto descobriu a doença aos 64 anos e faleceu aos 65.

Após o programa de conscientização sobre o câncer de mama, Outubro Rosa, é a vez da campanha Novembro Azul. Idealizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a ação tem por objetivo esclarecer a importância dos exames de rastreamento do câncer de próstata, doença que acomete um a cada seis homens no país. De acordo com a SBU, 69 mil casos da doença deverão ser diagnosticados somente em 2014, e 13 mil brasileiros devem morrer em decorrência da patologia, o equivalente a uma morte a cada 40 minutos.

De acordo com o Urologista do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), Reinaldo Barbella Jr., o diagnóstico precoce, um tabu no universo masculino, aumenta em 80% a chance de cura. “O rastreamento consiste no exame de sangue PSA e toque retal”, declara o médico, o qual garante que o teste de toque é indolor. “Não dói nada, é coisa de 10, 15 segundos”, finaliza.

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