A vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, anunciou nesta
terça-feira (02) a sua saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no
Rio Grande do Norte, partido que ajudou a fortalecer no Estado durante
22 anos de filiação. Mas, nesse período a “guerreira”, como foi
apelidada em diversas campanhas políticas vitoriosas, também provocou
muitas insatisfações de filiados.
Uma das polêmicas mais citadas pela imprensa envolvendo Wilma e o
Diretório Estadual do PSB ocorreu quando ela ainda era governadora do
Rio Grande do Norte.
O partido se preparava para lançar o nome do deputado federal Rogério Marinho para prefeito de Natal em 2008. Bem avaliado, Rogério tinha até o apoio da Executiva Nacional. Contudo, de forma unilateral, Wilma decidiu barrar a candidatura e apoiar o nome de Fátima Bezerra, do PT, para prefeita. Os petistas perderam e Rogério deixou a sigla, se filiando ao PSDB, legenda que preside atualmente no Estado.
O partido se preparava para lançar o nome do deputado federal Rogério Marinho para prefeito de Natal em 2008. Bem avaliado, Rogério tinha até o apoio da Executiva Nacional. Contudo, de forma unilateral, Wilma decidiu barrar a candidatura e apoiar o nome de Fátima Bezerra, do PT, para prefeita. Os petistas perderam e Rogério deixou a sigla, se filiando ao PSDB, legenda que preside atualmente no Estado.
Em 2012, nova polêmica envolvendo Wilma e a presidência do Diretório Estadual do PSB. Cotada para ser candidata à Prefeitura de Natal, Wilma aceitou abrir mão da disputa para apoiar, na condição de vice, uma chapa encabeçada por Carlos Eduardo Alves. A atitude foi para vários setores do partido um “apequenamento” de Wilma, mas foi justificado pela ex-governadora como uma medida para tentar, dois anos depois, um lugar na Câmara dos Deputados, em Brasília.
GOTA D’ÁGUA
A gota d’água na insatisfação de setores do PSB com Wilma de Faria
foi, justamente, a eleição de dois anos depois. O nome dela era tido
pela Executiva Nacional do PSB, presidida na época por Eduardo Campos,
como um nome para o Governo do Estado. No Diretório Estadual, a opção
seria ela confirmar o que havia prometido e ser candidata a Câmara dos
Deputados, ajudando a reeleger Sandra Rosado. Contrariando as previsões,
porém, Wilma decide se candidatar ao Senado e fechar aliança com
Henrique Eduardo Alves, do PMDB.
A decisão desagradou tanto a Executiva Nacional, por ter deixado o
candidato a presidente Eduardo Campos sem palanque no RN (Henrique
apoiava a reeleição de Dilma Rousseff); quanto o Diretório Estadual, uma
vez que dificultou as chances de Sandra e aumentou a concorrência para a
reeleição dos deputados estaduais. O resultado foi que Wilma perdeu
para o Senado, Sandra na Câmara e Larissa Rosado para a Assembleia, além
de Henrique, que também saiu derrotado nas urnas para o Governo. E
mais: sem atingir o coeficiente partidário, o PSB no RN deixou de ser
Diretório e virou Comissão Provisória (condição que está até hoje).