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13 de fevereiro de 2016

Promotores enquadram Lula e confirmam que empreiteira fez papel de “laranja” do petista

Lula será denunciado pelo Ministério Público por ocultação de propriedade, pelo tríplex que queria manter clandestino. A ocultação de propriedade é uma das modalidades clássicas do crime de lavagem de dinheiro. A imputação contra o ex-presidente decorre da investigação de fraudes em negócios realizados pela Bancoop, cooperativa e bancários que deu calote em seus associados enquanto desviava recursos para os cofres do PT. 

A Bancoop quebrou em 2006 e deixou quase 3 000 famílias sem seus imóveis, enquanto viam, indefesos, petistas estrelados receber seus apartamentos. A revista Veja também revelou que depois de um pedido feito por Lula ao presidente da OAS, Léo Pinheiro, amigo íntimo do ex-presidente e condenado a dezesseis anos de prisão no petrolão, a empreiteira assumiu a construção de vários prédios da cooperativa. A OAS assumiu também a reforma do tríplex de 297 metros quadrados no Edifício Solaris, de frente para o mar do Guarujá, pertencente ao ex-presidente Lula e a sua esposa, Marisa Letícia.

A caso foi criteriosamente apurado pelos promotores do Ministério Público de São Paulo, que trabalham a a poucos metros da sede do Instituto Lula. A reportagem cita ainda que, durante seis meses, os promotores se dedicaram a esquadrinhar a relação entre a OAS e o patrimônio imobiliário dos chefes petistas.

A conclusão foi de que o tríplex no Guarujá é a evidência material mais visível da rentável parceria de Lula com os empresários corruptores que hoje respondem por seus crimes diante do juiz Sergio Moro, responsável pelas apurações da Operação Lava-Jato. Os promotores ouviram testemunhas e obtiveram recibos e contratos que colocam o ex-presidente na posição de ter de explicar na Justiça as razões pelas quais tentou de todas as maneiras negar ser o dono do tríplex.

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