A deputada Marcia Maia (ex-PSB) esteve reunida com o presidente estadual do PPS, Wober Júnior por mais de uma hora na sede do partido em Candelária, nesta manhã de sexta-feira, 11 de março. A reunião, segundo Márcia, é mais uma etapa das conversas sobre a possibilidade da filiação da deputada e da ex-governadora Wilma de Faria ao PPS depois que elas deixaram o PSB, partido que ajudaram a construir no Rio Grande do Norte ao longo de 23 anos de militância e dedicação. Ela estava acompanhada pelo seu assessor parlamentar e advogado Alan Castilho.
Marcia lembra que o PPS foi o primeiro partido a se solidarizar com Wilma e a “abrir as portas” para a filiação dela e da ex-governadora após o episódio que culminou com a desfiliação delas do PSB. Ela também ressalta a ligação política e pessoal entre o presidente do PPS, Wober Júnior, e o grupo da ex-governadora Wilma de Faria, cujas relações foram estreitadas em vários momentos da política estadual quando Wober integrava o grupo liderado por Wilma de Faria, como deputado estadual, Secretário de Estado e amigo pessoal tanto dela como da ex-governadora.
“Diante da postura antiética, antidemocrática e desrespeitosa do partido (PSB) com a ex-governadora Wilma, nós decidimos sair do PSB e estamos agora conversando com diversos partidos. O PPS foi o primeiro partido que se solidarizou conosco e nos ofereceu a legenda para filiação. É o partido onde temos o diálogo mais aprofundado no momento”, disse a deputada.
Embora as conversas entre o presidente do PPS e a deputada Marcia Maia estejam num estágio bem avançado, ela diz que é preciso conversar com a ex-governadora e com a base de apoio de Wilma no estado para definir a opção partidária que o grupo deverá tomar até o dia 18 deste mês quando se encerra o prazo legal para mudança de partido para quem exerce mandato eletivo. “Nós vamos conversar com a ex-governadora Wilma e com nossa base política para que a gente tenha uma definição, que quem sabe será pelo PPS”, ressalta Márcia Maia.
Com relação ao país, Marcia Maia define como “muito crítico” o momento atual com a evolução das crises econômica, política e institucional que envolve o governo federal e grandes lideranças políticas do país em níveis de corrupção jamais vistos no Brasil. Para ela a sociedade está acompanhando com muita apreensão o desenrolar dos acontecimentos e não se pode adiar as soluções desses problemas que estão atingindo diretamente a população brasileira, principalmente a classe menos favorecida, e paralisando o país.
A movimentação programada para o próximo dia 13, domingo, em todo o Brasil, para protestar contra a corrupção e pelo “impeachment” da presidente Dilma Rousseff (PT) é vista pela parlamentar como um recado da população que não aguenta mais a situação atual. “As pessoas vão para as ruas para protestar democraticamente, no dia 13, para pedir um basta a tudo isso e para dar apoio também a Justiça brasileira, ao Ministério Público. É um movimento legítimo do povo brasileiro”, afirma Márcia.
Ela também condena e critica as recentes declarações do presidente da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto (PT), postadas nas redes sociais, no domingo, dia 6, incentivando a violência contra a imprensa e manifestantes contrários ao governo Dilma e ao PT. “Uma colocação extremamente infeliz do presidente da Fundação José Augusto, estimulando, instigando a violência num momento em que nós precisamos ter paz. Nós precisamos aceitar o processo democrático e as pessoas tem o direito de ir às ruas protestar. Precisamos ter nos cargos públicos pessoas que tenham posturas democráticas e éticas. Infelizmente as declarações dele mostrou exatamente o contrário. A gente repudia esse tipo de atitude”, comenta Márcia.
Fonte: PPS