O Globo – O presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente da Casa Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), cotado para assumir um ministério em eventual governo
de Michel Temer, pressionaram a presidência da BR Distribuidora para que
a estatal comprasse a refinaria de Manguinhos, no Rio, com o propósito
de receberem propina. A acusação foi feita na delação premiada do
ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que também exerceu o cargo de
diretor da BR.
O trecho
que trata do assunto foi reproduzido em manifestação enviada pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal
Federal (STF) no último dia 28. Janot pediu na manifestação a ampliação
da quantidade de investigados no chamado inquérito-mãe da Operação
Lava-Jato, com o acréscimo de 30 políticos, entre eles Cunha e Alves. A
lista inclui ainda o ex-presidente Lula e três ministros da presidente
Dilma Rousseff: Jacques Wagner, Ricardo Berzoini e Edinho Silva. Este
inquérito é o único da Lava-Jato no STF que investiga formação de
quadrilha.