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10 de setembro de 2018

Quando trair o povo vira um grande negócio para um político

O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) está sendo bem pago por ter liderado as mudanças da reforma trabalhista. Porta-voz no Congresso Nacional dos inimigos da CLT, até a quinta-feira (6) havia recebido mais de meio milhão (exatamente R$ 537.850,00) de empresários, o que representa 74% do montante já arrecadado para a sua campanha à reeleição.

O relator da reforma que flexibilizou mais de 100 artigos das leis trabalhistas declarou também o recebimento de R$ 200 mil doados pela direção nacional do PSDB, R$ 6 mil de origem desconhecida e ele próprio colocou R$ 500 em sua campanha. Quem mais aposta em Rogério são os donos das Lojas Riachuelo. A doação mais alta, de R$ 100 mil, saiu do bolso de Nevaldo Rocha, fundador da empresa. O filho e CEO da rede, Flávio Rocha, também fez sua contribuição, de R$ 50 mil.

Renato Feitosa Rique injetou R$ 70 mil na conta da campanha, sendo a segunda maior doação. De acordo com o site Consulta Socio, Rique tem ações em 47 empresas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Bahia. Entre as empresas dele está a Aliansce, uma das maiores administradoras de shopping centers do país.

Outros R$ 51 mil foram do presidente e sócio majoritário do Grupo SBF, que comanda a rede varejista Centauro, Sebastião Vicente Bomfim Filho. O tucano recebeu ainda R$ 20 mil de João Boschilia Appolinario. O Consulta Socio diz que ele está em nada menos que 297 empresas, entre elas a Polishop. José Salim, maior acionista da Localiza, também deixou sua contribuição: R$ 50 mil. Empresários da Raia Drogasil, Habib’s, Magazine Luiza, Miranda Computação, Associação Médica do RN também estão entre os doadores.

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