UOL – Acabar com o
famigerado medo de injeção e, de quebra, aumentar a eficiência na
aplicação das vacinas através de um sistema adesivo no qual o próprio
paciente pode administrar os remédios. O cenário, inimaginável há alguns
anos, pode se tornar realidade até 2017 graças a um estudo desenvolvido
por pesquisadores dos Estados Unidos. O trabalho foi desenvolvido nos Estados Unidos, e
consiste em um adesivo capaz de abrigar 100 microagulhas que podem ser
aplicadas nos pacientes de forma praticamente indolor. A técnica também
zera os riscos de transmissão de doenças através de agulhas
contaminadas.
Segundo o pesquisador norte-americano
Mark Prausnitz, que coordenou os trabalhos, o sistema é tão simples que
permite que os próprios pacientes façam a aplicação em suas casas, sem
ajuda de médicos. “Com isso, os centros de saúde podem cortar despesas
em equipamentos de armazenamento dos medicamentos. O paciente, por sua
vez, ganha tempo e não precisa sair de casa para tomar as vacinas”,
informou.
Segundo os pesquisadores, o curso para a
produção dos adesivos não é maior que o custo atual para a produção da
vacina convencional. “Para rubéola, por exemplo, cada adesivo custa
perto de US$ 1,30 (cerca de R$ 3,90)”, ressalta o pesquisador. O estudo
pesquisou ainda a criação de vacinas contra sarampo, gripe, tuberculose e
outras moléstias cujas vacinas são administradas, hoje, através de
injeções.
Ele ressaltou, ainda, que a eficácia do
método é no mínimo igual à observada com as agulhas tradicionais.
“Mostramos que o emplastro com agulhas microscópicas pode vacinar no
mínimo com a mesma eficiência e provavelmente melhor do que a
tradicional agulha”, disse. A possibilidade de fugir das injeções foi o
que mais chamou a atenção da professora Cristiane Aparecida Salvador,
37. Ela, que evita ao máximo as aplicações, conta que o desconforto que
sente com as picadas é tão grande que pede, inclusive, para familiares
levarem o filho, de dois meses, para as doses de vacinação.