Doze anos depois de ter feito campanha
para Lula, Zezé Di Camargo vai votar em Aécio. Arrependimento? “Não,
minha crença era igual a de milhões de brasileiros que elegeram Lula.
Não fizemos a campanha só pelo dinheiro”, diz. “Fizemos por ideologia e
por acreditar na mudança. Se erramos, não erramos sozinhos”, emenda
Luciano – que ainda não decidiu em quem vai votar: “Apesar da mudança na
vida da maioria dos brasileiros, o País tem um grande problema hoje: a
corrupção”.
Embora não lamente ter subido no
palanque petista em 2002, Zezé faz coro: “Quando chegam ao poder, muitas
vezes, as pessoas mudam ou são obrigadas a mudar. Para conseguir
aprovar um projeto, tem de fazer conluio, ter maioria no Congresso e
beneficiar partidos com ministérios e cargos. Nada vem de graça”.
Mas os dois nomes de oposição a Dilma são de clãs tradicionais de
políticos – inclusive Aécio. “Apesar de ser de família de políticos,
Aécio, pelo que tenho acompanhado, pelo que fez em Minas, é um cara
sério”, diz Zezé. O avô, Tancredo Neves, foi um grande homem, um grande
político. Aécio é hoje o cara em que voto.”