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2 de junho de 2025

Lula subiu ou criou um imposto a cada 37 dias de governo

Além de congelar R$ 31,3 bilhões no orçamento, o último pacote fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lançado no fim de maio, trouxe também o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O levantamento impressionante é do portal Gazeta do Povo. A alta reacendeu o debate sobre a sanha arrecadatória do governo, com postagens reavivando a alcunha de "Taxad" do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o alerta sobre o alto grau de tributação que incide sobre os contribuintes.

Contando com o aumento do IOF, o governo Lula já fez 24 anúncios de criação ou elevação de impostos desde o início do atual mandato. O que corresponde a um anúncio a cada 37 dias, em média. 

Houve casos de tributos de curta duração e recuos do governo, e algumas das mudanças propostas ainda tramitam no Congresso e não entraram em vigor. A maioria das medidas, porém, está valendo. E contribuiu para que a carga tributária alcançasse o maior nível da história.

As medidas anunciadas desde 1.º de janeiro de 2023 foram as seguintes:

Reversão de alíquotas de PIS/Cofins sobre receitas financeiras de grandes empresas

PIS, Cofins e Cide voltaram a incidir sobre gasolina e etanol

Criação de imposto sobre exportação de petróleo

ICMS foi retirado da base de cálculo de créditos de PIS/Cofins

Taxação de apostas esportivas eletrônicas (bets)

Criação de imposto sobre importações de e-commerce

Elevação de IPI para armas de fogo

Aumento do imposto de importação de painéis solares

Fim da isenção para importação de veículos elétricos

IRPJ e CSLL voltam a incidir sobre benefícios fiscais

Limite ao uso de Juros sobre Capital Próprio

“Come-cotas” sobre fundos exclusivos

Tributação de rendimentos no exterior (offshores)

Volta do PIS e Cofins sobre diesel e biodiesel

Extensão da “taxa das blusinhas” para compras abaixo de US$ 50

Retorno do DPVAT e revogação após negociação com o Congresso

IVA estimado em 28%, com trava de 26,5

Criação do “imposto do pecado”

Criação de imposto sobre altas rendas e taxação de dividendos

Imposto mínimo de 15% sobre lucros de multinacionais

Aumento para 25% do imposto de importação de aço e ferro

Reoneração da folha de pagamento de municípios e de setores econômicos

Fim do Perse

Aumento do IOF

O presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike, diz que o governo busca simplificação e maior progressividade dos impostos, mas que a tributação elevada sobre o consumo persiste e gera críticas.


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