O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (24/7) pelo Fórum de Segurança Pública, aponta um crescimento de 0,7% na taxa de feminicídios, 0,8% de estupros e 1% de estupros de vulneráveis em relação à 2023. Apesar do aumento percentual pequeno, os dados são os maiores da série histórica e revelam o perfil das vítimas dos crimes.
Vítimas de feminicídios
- Entre as mulheres assassinadas, a maior parte tinha entre 18 a 44 anos (70,5%) e foi morta dentro de casa (64,3%) por companheiros ou ex-companheiros (79,8%).
- Quase metade dos crimes de feminicídio foram cometidos com uso de arma branca (48,4%), e 23,6% com arma de fogo.
- Os dados mostram ainda que mulheres negras estão mais vulneráveis ao crime do que as brancas.
- Em 2024, 63,6% das vítimas eram negras, enquanto 35,7% eram brancas.
No total, a média de casos de feminicídios no país é de 1,4 a cada 100 mil mulheres. Em 15 estados, no entanto, as taxas foram maiores que a média nacional, sendo que as piores foram registradas no Mato Grosso (2,5), Mato Grosso do Sul (2,4) e Piauí (2,3). As menores taxas de feminicídios a cada 100 mil mulheres foram registradas no Amapá (0,5), Sergipe (0,8) e Ceará (0,9).
No Rio de Janeiro e em São Paulo as taxas também foram menores do que a média nacional, respectivamente de 1,2 e 1,1, mas, quando considerados os números absolutos, os dois estados reúnem, por outro lado, 24,1% do total de feminicídios do Brasil.