Às vésperas do Nordeste passar em bloco para área livre de vacinação
da aftosa, metade dos criadores do Rio Grande do Norte ainda não
declarou o número exato de seus rebanhos, o que vem obrigando a
Secretaria de Agricultura a correr com essa atualização.
Esse número vem sendo objeto de verificação por parte da Organização
Internacional de Epizotias (OIE na sigla em inglês), que audita os
serviços de defesa da agropecuária nos estados.
Na segunda quinzena deste mês, um grupo de especialistas da
organização desembarca no Ceará exatamente com a missão de certificar os
estados como zona livre da febre aftosa com vacinação. Nesta quinta-feira o secretário Tarcísio Bezerra, da Agricultura,
disse que espera ter números mais conclusivos até a semana que vem. “Não
é uma tarefa fácil, pois todas as propriedades estão sendo percorridas e
o rebanho recontado”, explicou.
Para conceder o status de zona livre com vacinação, os números
exigidos pela OIE são altos. De acordo com o secretário, um grande
número de criadores potiguares simplesmente não informou o gado vendido
ou que morreu no ano passado e isso produziu inconsistências importantes
no cadastro do Idiarn.
Desde fins do ano passado, a Secretaria de Agricultura do Estado
anuncia medidas para apressar a recontagem desse rebanho, mas problemas
internos, falta de recursos e dificuldade em se deliberar pequena
decisões contribuiu para agravar o atraso. A expectativa não confirmada é
que o RN tenha perdido até 35% de seu rebanho bovino que nos bons
tempos já foi superior a 1 milhão de cabeças.