O governo decidiu suspender os aportes do Tesouro ao setor elétrico,
que este ano chegariam a R$ 9 bilhões, segundo previsão do Orçamento.
Com isso, a conta de luz pode ter dois reajustes no ano. Caso as
distribuidoras não consigam cobrir seus custos, a Agência Nacional de
Energia Elétrica vai autorizar revisão extraordinária das
tarifas. A crise do setor elétrico foi discutida em reunião da presidente
Dilma Rousseff com os ministros de Minas e Energia e da
Fazenda.
Ficou decidido que o governo vai dar aval a um último empréstimo, de
R$ 2,5 bilhões, às distribuidoras, que será negociado com um grupo de
bancos e a partir daí será praticado o que o governo chama de “realismo
tarifário’. Ou seja, os custos de energia serão repassados ao
consumidor, com exceção.
Politicamente, a orientação está dada para que nós possamos
implementar uma política estruturante (ao setor elétrico) – disse Braga,
ao retornar para o ministério, após a reunião no Palácio do Planalto.