Polícia Civil do Rio Grande do Norte
possui atualmente deficiência de 70% do seu efetivo. A informação é da
Secretaria de Segurança Pública do Estado, representada por Kalina
Leite, em entrevista ao MOSSORO HOJE. De acordo com a secretária de
segurança pública do RN “é muito preocupante a questão da Polícia
Civil no RN em razão da deficiência no efetivo que existe, e isso
prejudica muito a atuação da polícia judiciária”.
A secretária esclarece ainda que uma das
dificuldades por quais passam as Polícias do Estado é necessidade do
preso muitas vezes ficar detido na própria sede da Delegacia. “Essa situação acaba atrapalhando as investigações”,
diz ela. Mesmo com a deficiência, para a secretária, a interiorização
da Polícia Civil não é uma saída para o problema da falta de policiais.
“Eu sou uma crítica ao processo de
interiorização, sei que todos os municípios necessitam da presença das
policiais, mas a gente tem que fazer a interiorização com
responsabilidade, a gente não pode colocar um agente e um escrivão sem
um delegado ou uma equipe que não tenha condições de fazer um trabalho
de polícia judiciária que a sociedade precisa”, explica a
secretária. Para ela, é preciso trabalhar com inteligência policial e
buscar um reordenamento de recursos do RN para a situação se normalize. “Já
estamos fazendo um estudo para redimensionar a atuação da polícia
judiciária, que coincida com o poder judiciário e com o Ministério
Público”, finaliza Kalina.