A greve dos bancários continua, segundo decisão tomada em assembleia 
feita na noite de segunda-feira, 3, em São Paulo, informou o Sindicato 
dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região Nesta terça-feira, 4, a 
paralisação completa 29 dias. “Os trabalhadores, em assembleia realizada hoje (ontem), cobraram dos
 bancos uma proposta condizente aos seus altos lucros. Não vamos aceitar
 proposta rebaixada e queremos o fim das demissões”, disse Juvandia 
Moreira, presidente do sindicato.
De acordo com o sindicato, oito centros administrativos e 804 
agências bancárias, localizadas nas cidades-base da associação, estão 
paradas. O sindicato estima que mais de 28 mil trabalhadores participam 
da paralisação, informa a Agência Brasil. No País, são 13.245 agências e 29 centros administrativos paralisados
 por tempo indeterminado, o que corresponde 56% de adesão da categoria, 
segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo 
Financeiro (Contraf-CUT).
Reivindicações
Os trabalhadores dos bancos pedem reajuste salarial de 14,78%, dos 
quais 5% são de aumento real. A pauta inclui ainda participação nos 
lucros e resultados de três salários mais R$ 8 297,61; piso salarial de 
R$ 3.940,24; vales alimentação e refeição, e auxílio-creche/babá no 
valor do salário mínimo nacional (R$ 880). Atualmente, os bancários têm um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 para
 os funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). 
Na última rodada
 de negociação, encerrada no dia 28 de setembro, os bancos fizeram uma 
proposta de novo modelo de acordo para a categoria, com validade de dois
 anos, em vez de um, como ocorreu nos últimos anos. A última proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos 
(Fenaban) foi, segundo os bancários, no dia 28 de setembro, quando foi 
proposto reajuste de 7% e um abono de R$ 3,5 mil, com aumento real de 
0,5% para 2017. A proposta patronal foi rejeitada pelo Comando Nacional 
dos Bancários.

