Movimento sociais, que formam o coletivo Resistência Urbana, iniciam
nesta quinta-feira (8) uma série de manifestações até a Copa do Mundo
para reivindicar direitos sociais e questionar os gastos públicos com o
evento. Às 9h, começou a concentração para os protestos em três pontos
da capital paulista: Metrô Butantã, na zona oeste; Estação Berrini, na
zona sul; e Praça do Ciclista, na região da Avenida Paulista. A
organização não divulgou os locais de destino dos manifestantes, mas o
alvo são grandes construtoras, em especial, “aquelas que abocanharam os
recursos da construção e reforma de estádios”, segundo os movimentos.
“É
o lançamento da campanha 'Copa sem povo, tô na rua de novo'”, cujo
objetivo é denunciar as políticas abusivas e antipopulares em relação à
Copa do Mundo”, explicou Guilherme Boulos, integrante do Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST). Além do MTST, participam do protesto o
Resistência Urbana, Movimento Popular por Moradia (MPM) e Movimento de
Luta Popular (MLP). Também compõem a ação mais de mil militantes do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que chegaram à
capital ontem (7), como parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma
Agrária.
As
reivindicações do movimento são divididas em seis eixos, em referência à
busca pelo hexacampeonato da seleção brasileira de futebol. No eixo
moradia, eles pedem leis para o controle do valor dos aluguéis, a
formação de uma Comissão Nacional de Prevenção de Despejos Forçados e
mudanças no Programa Minha Casa, Minha Vida. Na área da saúde, os
movimentos querem o fim dos subsídios aos planos de saúde, o fim das
privatizações e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o sistema
público.
No transporte, pedem-se a redução imediata das tarifas, a
criação de um fundo federal para redução anual do valor das passagens e
tarifa zero com controle público. Para a educação, as reivindicação são
a ampliação e construção imediata de creches, 10% do PIB para o sistema
público e que a política de cotas e assistência estudantil seja
permanente.