A campanha da
presidente Dilma Rousseff é a primeira a abrir uma frente de
arrecadação diretamente das pessoas físicas, via internet. O
presidenciável Eduardo Campos, do PSB, pretende ter a sua própria página
para obter contribuições diretamente de seus simpatizantes já na
próxima semana. O comitê eleitoral do senador Aécio Neves, do PSDB, ao
contrário do que está sendo feito pelos adversários, ainda não anunciou
planos de usar a plataforma.
Chamado de
crowdfunding, a captação de recursos de pessoas físicas foi introduzida
na campanha presidencial em 2010, pela então candidata a presidente
Marina Silva. Apesar de ter sido a grande surpresa daquela disputada,
encerrado a corrida eleitoral com vistosos 20% dos votos, sua campanha
arrecadou cerca de R$ 180 mil por essa via. Apenas uma das doações de
pessoa jurídica feita, naquela eleição, pelo então candidato a
vice-presidente Guilherme Leal, foi de R$ 1 milhão.
Apesar de não
ter um histórico de arrecadação milionária, a obtenção de recursos de
pessoas físicas tem um caráter simbólico e, também, de organização. O PT
e o PSB, que irão travar uma corrida particular neste campo, uma vez
que o PSDB estará ausente, poderão ter um termômetro do entusiasmo de
seus militantes, à medida em que doações forem chegando.

