Três
motivos, segundo integrantes da direção nacional do PSB ouvidos por 247,
explicam por que, mesmo sob a desconfiança do partido, a ex-ministra
Marina Silva será mesmo indicada para substituir Eduardo Campos como
candidata a presidente pela legenda:
1) O próprio
Campos escolheu Marina para secundá-lo. Rechaçar Marina, na atual
circunstância, seria um ofensa não apenas a ela, como também à liderança
e à memória dele;
2) Falta de
alternativa dentro do próprio partido. O comando do PSB se ressente da
ida dos irmãos Cid Gomes, governador do Ceará, e Ciro Gomes,
ex-ministro, para o PROS. Caso eles ainda tivessem dentro da legenda
socialista, a margem de manobra para uma troca existiria. Com ambos
fora, não há nome de filiado que seja capaz de convencer o eleitorado
sobre a ultrapassagem à ex-senadora;
3) Uma
eventual desistência da eleição passaria para o eleitorado a mensagem de
que o PSB teria se "vendido", na expressão de um dirigente, ao PT. O
partido adversário seria o mais beneficiado pelo fato de Marina, forte
em todas as pesquisas eleitorais, não concorrer.