O irmão do ex-goleiro Bruno, Rodrigo
Fernandes das Dores de Sousa, 26, foi preso em flagrante nesta
quinta-feira (3), em Timon (MA), cidade-limite com Teresina. Ele é
suspeito de estupro de uma menor no bairro Satélite, na capital
piauiense, na noite dessa quarta-feira (2).
A Polícia Civil do Piauí informou que
Rodrigo já prestou depoimento na Central de Flagrantes de Teresina, onde
está detido à disposição da Justiça. O crime está sendo investigado
pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Além desse caso,
Rodrigo ainda é suspeito de pelo menos outros seis estupros na zona
sudeste de Teresina.
Em depoimento, a adolescente contou que
Rodrigo a abordou em uma moto, quando ela retornava a pé para casa. Ele
perguntou sobre um endereço, mas a jovem disse que não sabia. Em
seguida, anunciou o assalto, mas falou que não queria objetos, e a
mandou subir na moto e a levou para um lugar isolado –onde teria a
estuprado.
Depois da repercussão da prisão, outras
vítimas procuraram a polícia também nesta quinta-feira para denunciar o
irmão de Bruno. Em entrevista à TV “Cidade Verde”, a delegada da Mulher
da Zona Sudeste, Anamelka Cadena, informou que o irmão do ex-goleiro
responde a quatro inquéritos, com seis supostas vítimas. “Em dois casos,
foram duas mulheres estupradas juntas”, disse.
A delegada disse que já tinha pedido à
Justiça a prisão de Rodrigo e aguardava a decisão. Com a detenção em
flagrante, as vítimas que o denunciaram foram nesta tarde à Central de
Flagrantes e reconheceram o agressor.
Segundo a delegada, a polícia já
monitorava o suspeito há alguns dias. “Nós sabíamos dos casos que
estavam ocorrendo na nossa área de atribuição. Todos os depoimentos
foram colhidos. Tivemos o cuidado de refazer o todo caminho que foi
feito para o estupro, fizemos a coleta das imagens de câmeras de
segurança. Ele fazia sempre abordagem na rua, mas levava a outro local
fechado, geralmente”, explicou.
Além dos estupros, também há denúncia de que Rodrigo roubava celulares das vítimas.
Rodrigo ainda não constituiu advogado,
segundo informou a Central de Flagrantes, e deve ser defendido por um
defensor público. Em depoimento à polícia, a delegada Anamelka Cadena
informou que o irmão de Bruno negou todas as acusações.
UOL