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4 de fevereiro de 2016

Em 22 anos de história, liderança de Wilma no PSB foi marcada por polêmicas

A vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, anunciou nesta terça-feira (02) a sua saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Rio Grande do Norte, partido que ajudou a fortalecer no Estado durante 22 anos de filiação. Mas, nesse período a “guerreira”, como foi apelidada em diversas campanhas políticas vitoriosas, também provocou muitas insatisfações de filiados.

Uma das polêmicas mais citadas pela imprensa envolvendo Wilma e o Diretório Estadual do PSB ocorreu quando ela ainda era governadora do Rio Grande do Norte. 

O partido se preparava para lançar o nome do deputado federal Rogério Marinho para prefeito de Natal em 2008. Bem avaliado, Rogério tinha até o apoio da Executiva Nacional. Contudo, de forma unilateral, Wilma decidiu barrar a candidatura e apoiar o nome de Fátima Bezerra, do PT, para prefeita. Os petistas perderam e Rogério deixou a sigla, se filiando ao PSDB, legenda que preside atualmente no Estado.

Em 2012, nova polêmica envolvendo Wilma e a presidência do Diretório Estadual do PSB. Cotada para ser candidata à Prefeitura de Natal, Wilma aceitou abrir mão da disputa para apoiar, na condição de vice, uma chapa encabeçada por Carlos Eduardo Alves. A atitude foi para vários setores do partido um “apequenamento” de Wilma, mas foi justificado pela ex-governadora como uma medida para tentar, dois anos depois, um lugar na Câmara dos Deputados, em Brasília.

GOTA D’ÁGUA
A gota d’água na insatisfação de setores do PSB com Wilma de Faria foi, justamente, a eleição de dois anos depois. O nome dela era tido pela Executiva Nacional do PSB, presidida na época por Eduardo Campos, como um nome para o Governo do Estado. No Diretório Estadual, a opção seria ela confirmar o que havia prometido e ser candidata a Câmara dos Deputados, ajudando a reeleger Sandra Rosado. Contrariando as previsões, porém, Wilma decide se candidatar ao Senado e fechar aliança com Henrique Eduardo Alves, do PMDB.

A decisão desagradou tanto a Executiva Nacional, por ter deixado o candidato a presidente Eduardo Campos sem palanque no RN (Henrique apoiava a reeleição de Dilma Rousseff); quanto o Diretório Estadual, uma vez que dificultou as chances de Sandra e aumentou a concorrência para a reeleição dos deputados estaduais. O resultado foi que Wilma perdeu para o Senado, Sandra na Câmara e Larissa Rosado para a Assembleia, além de Henrique, que também saiu derrotado nas urnas para o Governo. E mais: sem atingir o coeficiente partidário, o PSB no RN deixou de ser Diretório e virou Comissão Provisória (condição que está até hoje).


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