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18 de julho de 2019

A prefeita que não luta por Mossoró

Por Bruno Barreto - A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) tem se notabilizado nesta quarta passagem pelo Palácio da Resistência por pegar carona em obras prontas. Foi assim com a retomada dos voos noturnos de Mossoró, por exemplo. A gestão se sustenta em meias verdades como o discurso da folha de servidores paga rigorosamente em dia desde o início da gestão. A gente sabe que ela demorou dois anos para quitar os atrasados da gestão anterior e gratificações têm ficado para o dia 10 do mês subsequente. O rigor só existe na cabeça dos devotos da prefeita.

Beneficiada pela desarticulação da oposição, omissão do Ministério Público, a cidadania de Facebook adormecida e silêncio majoritário da mídia local, a prefeita se dá ao luxo de fazer uma gestão pífia sem ser incomodada. 

As urnas em 2018, deram um aviso do que pode vir para ela em 2020. Mas até aqui ninguém consegue surfar na onda e o antirosalbismo está mais retraído nas redes sociais. A prefeita vai se omitindo dos problemas. A Petrobras vai se afastando de Mossoró e ela não diz nada.  A indústria salineira sofre um duro golpe e Rosalba se cala, mas quando saiu o decreto do sal ela foi lá tirar foto com o presidente Jair Bolsonaro. Isso mostra o quanto nas horas boas ela aparece. Nas dificuldades se omite.

No passado, Rosalba dizia adorar Mossoró num slogan ufanista. Nesta quarta passagem no cargo, ela vai devendo também neste quesito. Mossoró vai sofrendo com a economia retraída e vários setores estão sentindo duramente. Lojas fecham portas, pequenos negócios se desfazem. A construção civil perdeu a pujança de outrora. Só dois setores crescem por aqui a olho nu: farmácias e bares. Isso é sintomático de uma cidade em que as pessoas adoecem muito e bebe muito, talvez para fugir dos problemas. E a Rosa? Apenas vegeta na função de prefeita.

Nem lembra a prefeita que no final dos anos 1990 fez uma cruzada contra a vinda adutora Jerônimo Rosado para Mossoró. Ainda bem que ela perdeu essa batalha, por sinal. Mas fica claro que quando há uma motivação política ela age. Na época ela era adversária do então governador Garibaldi Alves Filho (MDB). A prefeita deveria neste momento estar buscando unir empresários e classe política, dando entrevistas a veículos independentes e tomando as rédeas na defesa dos interesses de Mossoró.

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