A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 em setembro, o nível mais alto do sistema de cobrança extra. Isso significa um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, o que pesa diretamente no bolso de quem não é beneficiado. Em uma casa com consumo médio de 200 kWh, o custo adicional será de quase R$ 16 apenas pelo efeito da bandeira tarifária.
Segundo a Aneel, a decisão foi tomada diante das condições hidrológicas desfavoráveis, com reservatórios em níveis baixos e necessidade de maior uso de usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes. A agência afirmou que o modelo será reavaliado mensalmente.
Enquanto isso, o governo federal lançou o programa “Luz do Povo”, que garante energia gratuita para cerca de 60 milhões de brasileiros de baixa renda, desde que o consumo não ultrapasse 80 kWh por mês. Ou seja, essas famílias terão a conta de luz zerada, enquanto o restante da população, que já sofre com inflação e impostos, terá de pagar cada vez mais caro para sustentar a medida. Na prática, trata-se de mais uma iniciativa feita por pura politicagem, já que o governo tenta ampliar popularidade com medidas populistas, transferindo o peso da conta para quem não é beneficiado.