Seis estados do Nordeste brasileiro ainda sofrem com a seca, que afeta 10
milhões de pessoas. Na Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande
do Norte chove apenas em pontos isolados, o que não resolve a situação, segundo
o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A baixa temperatura dos oceanos
Pacífico e Atlântico é a causa da falta de chuva na região.
No Recife, mesmo com a chuva na noite de domingo (3) o racionamento nas áreas
planas começou na sexta-feira (1°) e 82 bairros da região metropolitana Recife
são afetados. De acordo com a Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos de
Pernambuco (SRHE), a medida foi adotada porque uma das barragens opera com
apenas 19% da capacidade.
O sistema prevê que as áreas planas do Recife terão 20 horas com água e 28
horas sem. Nas áreas de morro, o racionamento já era a medida utilizada como
prevenção. O rodízio foi adotado levando em consideração a situação dos
principais reservatórios de água que abastecem a região, já que no mês de
fevereiro choveu apenas 30% do esperado.
O percentual de chuva abaixo da média nesses estados é de 75%. O restante
corresponde a quantidade igual ou acima da média. De acordo com o Inmet, não há
previsão de chuva para os próximos cinco dias em Alagoas, Sergipe e Bahia, que
estão com o maior número de municípios ainda em situação de emergência.
No sul dos estados do Maranhão e do Piauí a chuva tem sido constante desde
outubro. No Maranhão choveu 190 milímetros (mm) dos 230 mm esperados para todo o
mês de fevereiro. Em Teresina, choveu mais que o esperado, 200mm. Para o Inmet
esses dados indicam que “a situação nesses estados está se normalizando”. No
litoral entre Natal e Recife também chove, mas ainda é muito pouco para
abastecer a população.