Dos R$ 5 mil mensais ganhos através do salário, um técnico em construção civil 
natalense viu sua conta bancária inflar para os atuais R$ 62 mil em menos de um 
ano e através de um modelo de “garimpagem” de recursos que ainda gera dúvidas e 
desconfianças quanto à sua legalidade: o TelexFree. No Rio Grande do Norte, pelo 
menos uma dúzia de pessoas já chegou ao patamar de milionários com o TelexFree. 
Para os mais velhos, o dinheiro que vem fácil vai embora ainda mais facilmente. 
Para os jovens, porém, uma oportunidade de enriquecimento em curto prazo e sem 
ilegalidades até agora comprovadas, mas sob investigação da Polícia Federal e 
Procuradoria Geral da República em sete estados brasileiros. 
No estado potiguar, o TelexFree não é alvo investigatório do Ministério Público 
Estadual, tampouco do Federal. Além disso, a Secretaria de Acompanhamento 
Econônico do Ministério da Fazenda, encerrou o processo investigativo contra a 
TelexFree pois não identificou a caracterização de captação de recursos para 
formação de poupança. Mas, recentemente, a Secretaria Nacional da Defesa do 
Consumidor, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, abriu investigação em 
desfavor da TelexFree.
Há suspeita de formação de pirâmide financeira, na 
qual cada participante precisa pagar para entrar e a cada novo membro agregado, 
há um ganho percentual pelo que é conhecido como “team builder” (o líder do 
time) em cima de cada um dos novos divulgadores. Até que se julgue o mérito da 
causa, porém, a possibilidade de se obter sucesso similar ao do técnico em 
construção civil que abriu esta reportagem, atrai um verdadeiro exército de 
jovens, adultos e até mesmo idosos que sonham com algumas cifras a mais em suas 
contas bancárias. 
Fonte: Tribuna do Norte

